A hidroxicloroquina, um remédio utilizado para o tratamento da malária e da artrite reumatoide, entre outras enfermidades, é a aposta do governo dos Estados Unidos para combater o novo Coronavírus, conforme anunciado por Donald Trump nesta quinta-feira (19).
O medicamento, que é uma variante da cloroquina, apresentou resultados satisfatórios em alguns estudos, dando mostras de que pode ajudar a curar a Covid-19, principalmente se o seu uso for combinado com um antibiótico, atuando no tratamento e na profilaxia da doença.
Encontrada com os nomes comerciais Plaquinol e Reuquinol, a substância e a sua variante são capazes de inibir a fusão do vírus com a célula do hospedeiro, impedindo a contaminação, além de apresentar outros mecanismos antivirais, conforme mostrou um estudo in vitro feito por pesquisadores em Wuhan, na China, cidade onde a doença começou a se espalhar.
A droga se saiu bem em alguns testes, mas ainda precisa ser aprovada para o uso no tratamento da Covid-19.
Resultado semelhante com o uso da droga, que é de baixo custo e considerada sem risco, já havia sido obtido durante a epidemia de SARS, causada por outro tipo de Coronavírus no início dos anos 2000, que se espalhou pelo sudeste asiático.
Estudo francês também comprovou eficácia
Na França, um estudo clínico envolvendo 36 pessoas com Coronavírus também foi bem-sucedido. Um total de 36 pacientes receberam 600 mg de hidroxicloroquina diariamente, durante 10 dias, com 20 deles apresentando uma redução significativa na carga viral se comparado a outros que não tomaram o medicamento, cuja eficácia foi aumentada quando ministrado junto ao antibiótico azitromicina.
O remédio citado por Elon Musk como uma das possibilidades para curar a Covid-19 apresenta efeitos colaterais como dor de cabeça e abdominal, anorexia, náuseas, vômito, diarreia e distúrbios de visão, não sendo indicado para menores de 6 anos de idade e pessoas com hipersensibilidade a um dos componentes da fórmula.
Apesar de promissora, a hidroxicloroquina ainda vai passar por novos testes e estudos clínicos antes de ser distribuída de forma segura para o tratamento do Coronavírus, caso seja aprovada pela Federal Drug Administration (FDA), órgão americano que exerce trabalho semelhante ao da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
E fica o alerta: a automedicação é contraindicada.
Fontes:Newsweek /The New York Post
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