Lançada na CCXP 2018, sob o selo autoral Wild Comics Studios, a hq nacional Lâmina Selvagem tem chamado atenção e dado uma boa sacudida no difícil mercado dos quadrinhos brasileiros. Por trás da chacina da Candelária outro crime ocorria, mendigos estariam sendo sequestrados e submetidos ao implante do P.B.H (Protótipo Biomecânico em Humanos) criado pela BIOTEC, para tornarem-se super soldados. Uma empresa rival, a BIOTRON, rouba o projeto e o aperfeiçoa, surgindo assim um ciborgue que destrói o grupo de super soldados chamado Esquadrão Selvagem.
Um sobrevivente do esquadrão começa a ter recordações de sua vida passada e resolve desmascarar as duas empresas. Mas é capturado e submetido ao processo de aperfeiçoamento. Durante a experiência, ele escapa, tornando-se nosso herói e parte para o embate contra o ciborgue que está aterrorizando a cidade do Rio de Janeiro.
Um sobrevivente do esquadrão começa a ter recordações de sua vida passada e resolve desmascarar as duas empresas. Mas é capturado e submetido ao processo de aperfeiçoamento. Durante a experiência, ele escapa, tornando-se nosso herói e parte para o embate contra o ciborgue que está aterrorizando a cidade do Rio de Janeiro.
Criada e roteirizada pelo pernambucano Adriano Silva, a hq Lâmina Selvagem é seu primeiro trabalho no meio, e diria que ele mandou muito bem. A ideia de misturar um evento real como a chacina da Candelária, fato ocorrida no Rio de Janeiro em 23 de julho de 1993 como base narrativa, inserindo um contexto de ficção, como resposta para os assassinatos de moradores de rua, é bem escrito e fundamentado.
A trama apesar de conceitualmente clichê, "com experiência para deixar humanos super fortes" e "projeto secreto" me lembrou bastante as clássicas histórias dos anos 90, tanto nos quadrinhos quanto cinema na época, com uma notável influência no nosso querido carcaju com garras de Adamantium, funcionando quase como uma homenagem, nos entregando um protagonista construído a partir de uma origem estabelecida com um bom uso de flash backs, caindo como uma luva para a obra.
A arte do Ricardo Jaime é boa e bem inspirada no traço americano, remetendo muito o Spawn do Todd McFarlane, ou Jim Lee com seu Wild Cats e até um pouco daquele submundo violento do Justiceiro da Marvel. As cenas de ação são bem elaboradas, visual do herói é bonito e imponente com um traje em volto uma liga metálica e lâminas bem estilosas. Claro também ajudado pelo excelente trabalho de coloração realizado pelo Mike Stefan, Dijjo Lima e o Assis Leite em 80 páginas, papel couché de 90g, sem falar na capa que é simplesmente lindíssima, em verniz de uma qualidade gráfica admirável para algo feito aqui.
Lâmina Selvagem tem trama interessante e leitura fácil, nos apresentando um herói 100% nacional, o que já o torna uma boa dica, com enredo nostálgico para os que curtem aquela boa pegada noventista, envolvendo temas como: Brigas corporativas, corrupção, passado misterioso, busca por respostas e justiça em meio ao inescrupuloso mal uso da tecnologia. Ainda contando com uma eficaz fusão de gêneros, com primeiro volume que agrada por sua simplicidade, e que promete com o vindouro segundo volume já anunciado.
NOTA: 8/10
Assista aos vídeos:
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ResponderExcluirA HQ Lâmina Selvagem tem uma história cativante, acompanhada de ilustrações incríveis, super recomendo estou ansiosa pela segunda edição<3
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