Desde que os
celulares se tornaram smartphones e as “baterias de dias” se tornaram “baterias
de horas”, tem sido cada vez mais comum o intercâmbio de carregadores de aparelhos portáteis.
Porque é só chegar no trabalho,
na casa de um amigo ou em qualquer lugar que exista uma tomada e já estamos
loucos para conectar o aparelho ao carregador.
Só que nem sempre estamos com os
nossos carregadores, não é mesmo? É aí que começa o intercâmbio que dissemos
ali em cima: “Me empresta seu carregador?” ou “vou usar seu carregador
rapidinho aqui”...
Afinal de contas, se quase todos
os aparelhos contam com carregadores que se conectam via microUSB, então não
deve ter problema algum em usar o carregador do Moto G no Galaxy S5... Ou será
que tem? É o que vamos descobrir!
Diferenças históricas
Anos atrás, antes de você ver
todos os padrões microUSB, USB, miniUSB, USB Type-C, Lightning e outros que
podem ainda surgir, cada fabricante de celular fazia os seus próprios
conectores. Com isso, tornava-se impossível utilizar o carregador de um aparelho
para fazer a recarga da bateria de outro produzido por outras empresas.
E isso tinha um lado ruim? Talvez
tivesse! Tinha um lado bom? Certamente!
Cada fabricante utilizava
diferentes equipamentos na montagem dos seus celulares. Baterias e circuitos
eram preparados para suportar tensão e corrente com um limite máximo e cada
aparelho trazia suas próprias especificações nesse caso. Com isso, usar um
carregador inapropriado poderia causar problemas bem sérios aos circuitos de um
aparelho com suporte menor às correntes.
Anos
depois, essas diversas opções de conectores começaram a ser substituídas em
praticamente todos os dispositivos. Atualmente, a maioria esmagadora dos
equipamentos utiliza padrões USB (em suas variações), sendo que o iPhone e seus
conectores Lightning podem ser considerados uma grande exceção no mercado. Mas
isso não significa que temos um padrão total...
USB é padrão, mas não tão padrão
A
grande maioria dos carregadores que utilizam conectores USB traz a tensão de 5
volts para os aparelhos. Porém, é preciso dizer que cada fabricante usa
diferentes capacidades de corrente nesses acessórios, e as diferenças não são
pequenas, por isso é importante ficar muito atento. De acordo com o Make Use Of, estas são as correntes de três das maiores
fabricantes da atualidade:
- Samsung: 0,7
amperes (5V)
- Motorola: 0,850
amperes (5,1V)
- ASUS: 2 amperes
(5V)
Como
você pode ver, há diferenças bem interessantes nos aparelhos e isso pode variar
ainda mais se aumentarmos a gama de análise. Mas o que isso significa
efetivamente? Será que isso quer dizer que os aparelhos podem explodir a
qualquer momento se usarmos o carregador errado?
Bem,
na verdade, não. Apesar de isso ser um grande perigo quando estamos falando de
tensão, no caso da corrente as coisas são menos perigosas. Existe uma diferença
básica entre tensão e corrente — pois enquanto a primeira é sempre constante
(sempre 5 volts, por exemplo), a segunda é variável (um aparelho com 2 amperes
pode trabalhar com menos que isso, sem problemas).
Levando isso
aos celulares, é bem fácil entender como tudo funciona. Quando usamos um
carregador com corrente maior do que a máxima suportada pelo smartphone, não
vai haver riscos — isso porque o aparelho vai aproveitar tudo o que puder e o
resto será apenas deixado de lado, sem explosões ou chamas.
Por outro lado, usar um
carregador com corrente menor do que a usada pelo smartphone pode não ser uma
boa ideia. Quando isso acontece, você pode danificar sua bateria e fazer com
que ela tenha o tempo de vida útil reduzido. E se você estiver nessa situação e
tentar usar o aparelho ao mesmo tempo, vai perceber que a bateria não estará
sendo carregada, apenas demorando mais para ser consumida.
O que eu posso usar então?
Se considerarmos apenas aparelhos
originais e seus carregadores oficiais, quase todos os carregadores podem ser
usados sem problemas, mas é preciso ter alguns cuidados. O acessório que vem na
caixa do celular deve ser sempre a primeira opção, mas e quando você não puder
usar o seu próprio carregador?
Baterias
externas também precisam de cuidados
Se pedir emprestado para algum
amigo, a primeira análise deve ser a da tensão elétrica. Se o seu dispositivo
suporta 5 volts, o carregador usado não pode — em hipótese alguma — ser
diferente disso. Como dissemos acima, os padrões USB deixam todos perto dos 5
volts, mas é bom ficar de olho em carregadores paralelos.
Depois de ter certeza de que
aquele carregador traz a tensão correta para o seu aparelho, é hora de ver se a
intensidade da corrente também é a adequada. Isso significa que o carregador
deve ter intensidade igual ou maior do que a que seu smartphone utiliza.
Repetindo: igual ou maior — lembrando que se o valor for menor, a recarga não
será feita da maneira correta.
E o que não usar nunca
Além dos carregadores com tensão
maior do que a suportada pelo aparelho ou com corrente menor do que a
recomendada, também é bem importante evitar carregadores “pirata”. Por mais que
os números indicados nas embalagens sejam os mesmos que estamos vendo nos
originais, esses equipamentos não passam por homologações e isso pode ser um
grande problema para a sua segurança.
Fonte: https://www.tecmundo.com.br
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