Quase metade das transações de
e-commerce no Brasil (45%) foram vítimas do teste de cartão, fraude que
verifica a validade dos dados de cartões obtidos ilegalmente. É o golpe mais
comum cometido no país. Esse e outros dados estão presentes no Relatório Global
sobre Gerenciamento de Fraude em E-commerce 2019 realizado pela CyberSource,
empresa da Visa.
Na fraude do teste de cartão, o
criminoso utiliza sites de compras não protegidos para tentar comprar itens de
baixo valor. Ele só precisa esperar para ver se a compra será aprovada — em
caso positivo, ele continua a realizar novas fraudes após se certificar que o
cartão não está bloqueado ou sem limite.
A pesquisa ainda aponta que 95% das
empresas latino-americanas relataram algum tipo de ataque entre 2017 e 2018. No
Brasil, o roubo de conta (42%), o roubo de identidade (40%) e o uso abusivo de
cupons, descontos e reembolsos (40%) completam as primeiras posições no ranking
de fraudes mais comuns.
A lista continua com a fraude em
programa de fidelidade (30%), fraude amigável (28%) – cometida quando o
consumidor solicita o estorno de compras virtuais, prejudicando o lojista – e o
phishing, pharming e whaling (26%), técnicas que atraem vítimas para sites
falsos com o objetivo de obter informações como senhas bancárias.
“O mercado de e-commerce brasileiro
apresenta forte crescimento e, consequentemente, atrai uma grande quantidade de
criminosos cibernéticos", afirmou o diretor executivo da Visa, Hugo Costa.
América Latina
O maior desafio para o monitoramento
de fraudes é a identificação e a resposta aos ataques, segundo 65% dos
entrevistados na América Latina. Outros motivos também são elencados, como a
necessidade de atualização de modelos de risco (57%), lacunas nas funcionalidades
das ferramentas (46%) e o gerenciamento em omnichannel (46%), que é o uso
simultâneo de diferentes canais de comunicação.
A média de profissionais
latino-americanos que classificam o monitoramento de fraudes no comércio online
como extremamente importante para a estratégia de negócios de uma empresa chega
a 61%. O índice é superior à média global (44%).
O estudo foi realizado com 2.800
especialistas em gerenciamento de fraudes de empresas e organizações dos
setores de bens duráveis, turismo, serviços, gastronomia e eletroeletrônicos e
de 34 países nos cinco continentes.
Fonte: Visa
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