Mais
uma vez, o Facebook e
o YouTube estão
sendo processados por terem mantido cenas de conteúdo violento disponíveis
na plataforma. Desta vez, em transmissão ao vivo.
O burburinho após os atentados de 15 de março,
na Nova Zelândia — em que um extremista cristão abriu fogo contra fiéis
muçulmanos em duas mesquitas —, é
de que plataformas de streaming devem se responsabilizar pelo conteúdo que seus
usuários postam.
Dessa vez, o
Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), grupo muçulmano francês, prestou
queixa contra a rede social pelo fato de a plataforma ter transmitido “uma
mensagem com conteúdo violento que apoia o terrorismo ou que possa violar
seriamente a dignidade humana e ser visto por um menor”.
O assunto é sério, porque 1,5
milhão de vídeos referentes ao conteúdo tentaram ser publicados em menos de 24
horas após o ocorrido.
Some of these videos have been up for a couple hours. @YouTube, I love you, but what the hell are you doing. pic.twitter.com/CaS6LzS0x2
Veja outros Tweets de Jason Abbruzzese
Em declaração
no Twitter, o Facebook
afirma que ao menos 1,2 milhão de vídeos(originais ou editados)
do atentado foram barrados antes mesmo do upload. Ainda assim, a transmissão
original do assassinato de 50 pessoas ficou disponível durante 12
minutos após o fim do streaming. E, como a gente sabe, uma vez na
internet, para sempre na internet. O conteúdo acabou veiculado também em outros
sites, como o YouTube, que ainda mantinha versões do ataque horas depois do
ocorrido.
As plataformas garantiram que
estão contribuindo com as autoridades e fazendo o possível para impedir que
esse tipo de conteúdo seja publicado, mas isso pode não ser mais suficiente.
Os
padrões de segurança da rede social são verdadeiros. O software trabalha para
encontrar e remover conteúdos como esse, mas a companhia lava as mãos, já que
os Termos de Uso (leia antes de assinar!) a protegem de ser legalmente
responsabilizada pelo que o usuário posta.
Acontece que duas leis
recém-assinadas nos Estados Unidos (a FOSTA e a SESTA), criadas para prevenir o
tráfico sexual, criam uma brecha
na legislação atual que pode vir a responsabilizar a
plataforma se terceiros publicarem conteúdos relacionados à prostituição.
Fonte: MASHABLE
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