Semana passada, quando a Google
apresentou o Stadia, seu serviço de games por streaming, todo mundo
ficou besta com a capacidade de processamento que o servidor que vai rodar os
jogos tem: 10,7 teraflops de GPU – enquanto o PlayStation 4 tem 4,2 teraflops e
o Xbox One X alcança até 6 teraflops. De repente, esses números ficaram
pequenos.
A Intel, em parceria com o
Argonne National Laboratory, sob encomenda do Departamento de Energia dos EUA
(DOE), está desenvolvendo o Aurora, o primeiro supercomputador com desempenho
de um exaflop. Isso significa que ele é duas potências acima do computador do
Stadia, e uma acima do supercomputador mais poderoso atualmente, o Summit, da IBM,
que alcança 122.3 petaflops.
O exame de desempenho do sistema Aurora mostrou que ele
consegue realizar um quintilhão de operações por segundo. Em número absolutos,
são 1.000.000.000.000.000.000 soluções matemáticas por segundo, ou 10 elevado à
18ª potência. Para chegar a essa capacidade de processamento, o Aurora
combinará computação tradicional de alto desempenho (HPC) e inteligência
artificial.
O contrato do
supercomputador está avaliado em mais de US$ 500 milhões, e ele será entregue
ao Argonne National Laboratory em 2021. No laboratório, será utilizado em
projetos de pesquisa inovadores que vão desde o desenvolvimento de simulações
cosmológicas de escala extrema, a descoberta de novas abordagens para previsão
de resposta a drogas e a descoberta de materiais para a criação de células
solares orgânicas mais eficientes.
“O sistema Aurora
promoverá novas inovações científicas e dará início a novas capacidades
tecnológicas, ampliando a posição de liderança científica dos Estados Unidos
globalmente”, afirma a Intel em comunicado. Para o diretor do Argonne, Paul
Kearns, o Aurora “acelerará descobertas científicas combinando computação de
alto desempenho e inteligência artificial para resolver problemas do mundo
real, como melhorar a previsão meteorológica extrema, acelerar tratamentos
médicos, mapear o cérebro humano, desenvolver novas materiais e mais
compreensão do universo - e isso é apenas o começo".
A base do
supercomputador Aurora será as novas tecnologias da Intel projetadas
especificamente para a convergência de inteligência artificial e computação de
alto desempenho em escala de computação extrema. O supercomputador incluirá
mais de 200 gabinetes e terá interconexão escalável de alto desempenho.
Fonte: Intel
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