Nesta
ultima terça-feira (26), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou que
Lígia Monteiro continue mantendo congelado nos EUA o corpo do pai, o engenheiro
Luiz Felippe Dias de Andrade Monteiro. Ela viveu com ele por 30 anos, até 2012,
no Rio de Janeiro.
Quando seu pai morreu, Lígia contratou uma empresa especializada
para retirar o corpo do hospital, congelar e enviar para os EUA, onde outra
companhia, no estado do Michigan, aguardava para realizar o procedimento de criogenia,
que consiste em congelar um corpo e mantê-lo nesse estado até que a ciência
encontre uma forma de ressuscitá-lo.
O problema é que Monteiro tinha outras duas
filhas que moravam no Rio Grande Sul e queriam sepultá-lo lá, ao lado de sua
ex-esposa. Elas entraram com um processo na justiça para que o corpo ficasse no
Brasil, alegando que não sabiam sobre o desejo do pai.
Fonte: Azeheb
Em primeira instância, a Justiça do Rio de Janeiro decidiu a
favor do sepultamento, mas Lígia recorreu ao Tribunal de Justiça, que acabou
autorizando a criogenia. Com isso, o corpo foi enviado para os EUA em julho de
2012. Em nova apelação por
parte das outras duas filhas, o Tribunal voltou a decidir a favor do funeral.
Lígia, que já havia gastado US$ 28 mil com o congelamento do
corpo do pai, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, alegando que a vontade
dele quando vivo deveria ser respeitada e que as outras filhas não tinham como
conhecer seu desejo sobre a criogenia pelo fato de não manterem contato com ele.
O investimento de Lígia, seu comprometimento em custear as
visitas de suas irmãs aos EUA e o fato de ter sido a filha mais próxima do
engenheiro acabaram por fazer o STJ permitir que o corpo seja mantido no
exterior. O ministro Marco Aurélio Bellizze explicou que o julgamento se baseou
apenas na questão sobre o desejo do falecido, não tendo qualquer relação com a
discussão sobre a criogenia, já que Lígia era a filha mais próxima e deveria
ter reais conhecimentos sobre os desejos do pai.
Fonte: G1
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