O Facebook anunciou a
remoção de 2.632 contas da rede social, bem como do Instagram,
pelo que chamou de comportamento inautêntico coordenado. De acordo com a
empresa, perfis oriundos de países como Rússia, Irã, Macedônia e Kosovo estavam
engajados em uma operação de desinformação e propagação de notícias falsas ou
manipuladas com viés político.
Segundo a
plataforma, as contas retiradas do ar nos países identificados não agiam
juntas, mas sim da mesma forma. Por mais que os interesses envolvidos na
manipulação sejam voltados para políticas locais, principalmente no caso do Irã
e da Rússia, todas usavam os mesmos métodos, se passando por organizações
não-governamentais, agências de notícia, associações de mídia e influenciadores
para levar adiante informações que agradem às administrações de cada
território.
A maior parte dos perfis desativados, 1.907, era operado da
Rússia e estava envolvido não apenas na citada manipulação política, mas também
em operações de compartilhamento de spam. Neste grupo, o Facebook também
encontrou o que chama de “comportamento enganoso”, voltado para mascarar as
atividades reais de desinformação. Elas se adicionavam e conversavam entre si,
como forma de criar uma aparência de legitimidade, além de compartilharem informações
legítimas em meio àquelas que faziam parte da campanha de manipulação.
Outras 513 contas
foram bloqueadas e associadas ao Irã, enquanto as 212 restantes se dividem
entre Macedônia e Kosovo. Entre os conteúdos compartilhados por elas estavam notícias,
em sua maioria, a partir de fontes oficiais dos países, e comentários políticos
focados em tensões locais, voltadas a criar um discurso favorável ou incitar
discussões pró-governo.
No total, os perfis
e páginas retirados do ar alcançavam quase 700 mil pessoas não apenas nos
países citados, mas majoritariamente neles. O Facebook também desativou
anúncios ligados às redes de desinformação, que teriam gasto cerca de US$ 21
mil em propagandas veiculadas entre outubro de 2013 e março de 2019. Tais números,
de acordo com a empresa, ainda não são finais e podem ser ainda maiores uma vez
que a rede social finalizar a análise orgânica do conteúdo.
Na investigação que
levou à remoção dos perfis, o Facebook contou com a ajuda de agências de
notícia da Austrália. Além disso, a empresa disse que as informações sobre
perfis e contas foram repassadas às autoridades para possíveis investigações.
Fonte: Facebook
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