Nesta quinta-feira (31), o Facebook anunciou a
suspensão de uma espécie de rede de contas que aparentemente estavam se
comportando de maneira “não-autêntica” tanto na rede social quanto no Instagram.
Segundo a companhia de Mark Zuckerberg, as 783 contas eram de propriedade do
Irã. As páginas, grupos e perfis eram voltadas para o público do Oriente Médio,
Sul da Ásia e os Estados Unidos.
Na mesma tarde, outro acontecimento
alarmante: o Twitter anunciou a
suspensão de contas que estavam, segundo o microblog, operando “informações
estrangeiras”, potencialmente conectadas ao Irã, à Venezuela e também à Rússia.
A empresa tem plena certeza de que as contas foram criadas neste último país.
Contudo, ainda não se sabe se as
contas eram administradas pela Internet Research Agency, o grupo hacker ligado
ao Kremlin. As centenas de contas originárias da Rússia foram suspensas após
enviarem quase um milhão de tweets relacionados à política dos Estados Unidos.
Durante as eleições do último ano, as
contas tuitaram mais de 73 mil vezes sobre o assunto; durante a campanha
presidencial de 2016, elas também existiam, mas eram menos influentes do que as
ministradas pela Internet Research Agency. A rede de contas costuma publicar
tweets tanto sobre a direita quanto a esquerda.
Porém, recentemente, parece ter
existido a tentativa de criar uma tendência de hashtags sobre a direita
política do país. Segundo o Twitter, mais de 40.000 tweets com a hashtag
#ReleaseTheMemo foram enviados falando sobre a divulgação de um documento feita
pelo deputado republicano Devin Nunes. Segundo o político, o documento continha
informações sobre abusos de vigilância do FBI durante as eleições de 2016.
Outros 40.000 tweets tinham a hashtag
#MAGA, enquanto 18.000 usavam a hashtag #IslamIsTheProblem. O Twitter não
esclareceu se as contas conseguiram causar impacto na rede, contudo.
Sobre o lote de contas da Venezuela,
aparentemente elas estão envolvidas em uma “campanha de influência apoiada pelo
Estado” para o público do país em nome do presidente venezuelano Nicolás
Maduro.
O problema com operações estrangeiras
usando redes sociais para tentar se intrometer e influenciar o debate e a
política nos Estados Unidos e em todo o mundo vai ainda além: havia também,
segundo o Twitter, uma rede de contas do Irã que fingiam ser de agências de
notícias dos Estados Unidos.
Fonte: CNN
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