Elon Musk é um bilionário excêntrico e visionário. Com algumas de suas empresas, como a Tesla, a SpaceX e a SolarCity, ele já mostrou que realmente não está para brincadeira neste mundo. Por isso talvez devamos levar a sério o que ele faça, especialmente quando decreta que “a era dos aviões de caça já acabou”.
O empresário de tecnologia, além de tudo, é muito corajoso, pois pronunciou essa frase no local onde havia uma multidão de pilotos de caça da Força Aérea dos Estados Unidos. Na Air War Association da Air Force Assocition, que aconteceu em Orlando, na Flórida, no último dia 28 de fevereiro, Elon Musk fez esse comentário na frente de ninguém menos que o general James Michael Holmes, chefe do Comando de Combate Aéreo dos EUA.
E ainda disse mais: "A guerra dos drones é onde o futuro estará. Não é o que eu quero que o futuro seja – é isso que o futuro será". Um dos motivos que faz Elon Musk acreditar nisso é o alto custo na produção de aviões de caça e os dispendiosos treinamentos oferecidos para a preparação de um piloto capaz de manusear essa aeronave.
O caça F-35, o principal e mais caro sistema de defesa e ataque aéreo do Pentágono, custou nada menos do que um trilhão de dólares aos cofres norte-americanos para ser desenvolvido. Desenvolvido pela Lockheed Martin, esse caça certamente é o que há de mais avançado em defesa bélica nos ares, mas custou uma verdadeira fortuna para chegar nesse patamar.
A alternativa? Drones não tripulados
Para Elon Musk, a alternativa viável não poderia ser outra: "O competidor [dos caças] deve ser um avião de combate controlado por controle remoto por um humano, mas com suas manobras aumentadas pela autonomia". Essa resposta ele deu a um usuário no Twitter ao ser questionado sobre a substituição e supremacia dos atuais caças F-35 e outros pertencentes a frota dos Estados Unidos.
De forma surpreendente, o general Holmes concorda de certa forma com Elon Musk. Ele também acredita que a Força Aérea norte-americana deveria considerar substituir os caças tripulados por veículos aéreos não tripulados. Um bom exemplo é o XQ-58A Valkyrie, também produzido pela Lockheed Martin, que pode estar em operação nos próximos cinco a oito anos.
Apesar disso, o general da Força Aérea ainda tem preocupações com relação a declaração de Elon Musk: “O que nos preocupa no Comando de Combate Aéreo não é necessariamente se será um caça tripulado, mas como forneceremos os recursos que a força conjunta depende de nós para fazer”, questionou ele.
A sua dúvida é sobre a capacidade que esses drones ou caças não tripulados teriam de atender as demandas da Força Aérea norte-americana. A essa resposta, Elon Musk acredita que a inteligência artificial seja a solução e é nisso que ele tem investido pesado em várias de suas empresas, em especial na OpenAI e Neulalink, companhias focadas no desenvolvimento dessa área do conhecimento.
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