Deixar o
Facebook de lado por um tempo pode ser benéfico?Acontece que um estudo realizado por pesquisadores das Universidades de Nova
York e Stanford, ambas nos Estados Unidos, dão um pouco mais de substância a
essa análise.
O estudo “The Welfare Effects of
Social Media” (Os Efeitos de Bem-Estar das Mídias Sociais, em tradução livre),
publicado no fim de janeiro, reuniu 2.488 pessoas que usavam o Facebook em
média durante uma hora todo santo dia, dividindo toda essa gente em um grupo
que abandonou e outro que continuou usando a rede.
Cada
participante reportava as suas próprias sensações e variações de humor durante
o mês de estudo, indicando níveis de felicidade e solidão, por exemplo, ou
mesmo qual sentimento foi predominante nos últimos 10 minutos.
Quem deixou o Facebook
Após o mês de monitoramento, os
cientistas concluíram que se afastar do Facebook causa
uma espécie de “efeito dominó”, com os usuários deixando um pouco de lado
também outras redes sociais.
Essas pessoas investiram mais
tempo em atividades desconectadas, digamos assim, como encontrar com amigos e
familiares ou ver televisão, e passaram a acompanhar menos notícias. Além
disso, elas se sentiram melhores em termos emocionais, aumentando a sua
percepção de felicidade e satisfação e diminuindo níveis de ansiedade e
depressão.
Terminado o período de estudo,
essas pessoas voltaram a usar a rede social, mas passaram a gastar menos tempo
com isso — em média 23% menos —, sugerindo uma nova visão sobre o hábito de uso
intenso com a plataforma.
Ressalvas
Durante o estudo, os
participantes continuaram tendo acesso ao Messenger,
o mensageiro do Facebook, apesar de isso não ter sido citado em nenhum momento
como possível interferência na avaliação.
Além disso, como destaca o TechCrunch, a pesquisa foi
conduzida pelos economistas Hunt Allcott, Luca Braghieri, Sarah Eichmeyer, e
Matthew Gentzkow durante o período eleitoral dos Estados Unidos em 2016, o que
também pode ter contribuído para intensificar os efeitos da tranquilidade
de se manter distante das redes sociais.
Fontes:
STANFORD TECHCRUNCH/TAYLOR HATMAKER
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