Uma missão não tripulada conseguiu salvar um satélite de telecomunicação que estava sem combustível no espaço. Pela primeira vez, uma unidade auxiliar conseguiu ser acoplada em um satélite comercial. Esse tipo de feito poderá oferecer uma maior sobrevida aos satélites de comunicações, que acabam tendo como destino aumentar o lixo espacial que orbita o planeta.
O Mission Extension Vehicle (MEV-1), da Northrop Grumman, atracou com um equipamento de comunicações, o Intelsat 901, na terça-feira passada (25). Após quase 19 anos no espaço, o Intelsat está com pouco combustível e, por isso, estava perdendo a capacidade de ser controlado. Há alguns anos, o engenho colocado em órbita decidiu entrar em uma missão que enviaria outro equipamento para prolongar a vida útil de sua nave espacial em mais 5 anos.
(Fonte: Northrop Groupmann/Divulgação)
A missão é um marco emocionante para a indústria, que trabalha há anos no reparo de satélites desparafusados. Consertar satélites em órbita pode economizar muito dinheiro para as empresas e reduzir o lixo espacial que circula as proximidades da Terra. As missões anteriores para mover ou reparar satélites dependiam de missões tripuladas.
A Northrop Grumman tem outra missão, o MEV-2, que também servirá um Intelsat e deve ser lançada este ano. A empresa ainda trabalha em uma frota de serviços de satélite, com espaçonaves robóticas responsáveis por menores correções.
Como MEV-1 pôde salvar o satélite
O MEV-1 foi lançado em outubro de 2019 e demorou cerca de 3 meses para chegar ao Intelsat 901. Ambos se encontraram na chamada “órbita do cemitério”, que é um local onde satélites desativados são colocados para não interferirem nos ativos. Agora que os 2 foram acoplados, o MEV-1 assumirá todas as manobras e a navegação. Em março, ele moverá o Intelsat 901 para fora da órbita do cemitério, a fim de retornar às operações. Após cerca de 5 anos, o MEV-1 levará o Intelsat 901 de volta àquela órbita, onde o satélite de comunicações será desativado. Nesse ponto, o MEV-1 poderia potencialmente continuar servindo outro equipamento.
Fontes:Inovação Tecnologia/ BBC/ The Verge /Northrop Groupmann
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