A Agência de Segurança da Aviação da
União Europeia suspendeu as operações dos jatos Boeing 737 Max 8. A
decisão acompanha o
fluxo de outros países, inclusive os que foram diretamente afetados
pelos acidentes recentes envolvendo a aeronave. Com a interrupção dos serviços
por parte da União Europeia, apenas os Estados Unidos mantêm este modelo
trabalhando.
Os reguladores da Grã-Bretanha e dos
Emirados Árabes Unidos também adotaram a medida, juntando-se a uma lista
crescente de países e companhias aéreas que estão suspendendo o avião e
proibindo sua passagem por seus respectivos espaços aéreos. A Agência de
Segurança da Aviação da União Européia, por meio de comunicado, disse que
"está tomando todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos
passageiros". A decisão se aplica, também, a operadores que estiverem indo
ou saindo da região.
A FAA (Administração Federal de
Aviação), agência que regula a aviação nos Estados Unidos, disse na
segunda-feira (11) que não havia motivos suficientes para deixar os aviões no
solo. Já a Boeing, fabricante do modelo, informou que não passaria novas
orientações aos pilotos, talvez como maneira de tranquilizar o cenário. As
ações da empresa caíram mais de 6% desde o acidente ocorrido na Etiópia, no
domingo (10).
"Entendemos que as agências
reguladoras e os clientes tomaram decisões que acreditam serem mais apropriadas
para seus mercados domésticos", disse a Boeing em comunicado.
"Continuaremos interagindo com todos eles para garantir que eles tenham
todas as informações necessárias para ter a confiança de que precisam continuar
operando suas frotas com segurança ou devolvê-los ao serviço", completa.
A queda do voo 302 da Ethiopian
Airlines matou todas as 157 pessoas a bordo, logo após sua decolagem em Addis
Ababa, capital do país. Investigadores recuperaram as duas caixas pretas no
local, o que é importante para fornecer informações sobre o que, de fato,
derrubou a aeronave. Este acidente aconteceu menos de cinco meses depois de
outro Boeing 737 Max 8, desta vez da Lion Air, ter caído na Indonésia em
outubro do ano passado, matando todas as 189 pessoas a bordo.
Funcionários pediram interrupção
A tripulação e equipe de solo das
companhias americanas Southwest Airlines e American Airlines pediram às
respectivas empresas que não mais operassem com os Boeing 737 Max. "Nossos
comissários de bordo estão muito preocupados com o recente acidente 302 da
Ethiopian Airlines, que aumentou as preocupações com segurança com o 737 MAX 8",
disse Lori Bassani, presidente da Associação de Comissários de Vôo
Profissionais, que representa cerca de 27.000 comissárias de bordo da American.
A Southwest, por meio do seu
porta-voz, Dan Landson, disse em entrevista ao site CNBC, da rede americana de
televisão NBC, que caso os passageiros desejassem remarcar seus voos que, por
ventura, utilizassem essa aeronave, que não cobraria as taxas para os remanejamentos.
A empresa possui 34 Boeing 737 MAX 8 em sua frota.
Fonte: CNBC
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