quarta-feira, 6 de março de 2019

Apple não admitiu flexgate, mas trocou cabos de MacBooks recentes



Lá se vão quase três meses desde o início do chamado “flexgate”, um problema que está assolando donos de MacBooks fabricados a partir de 2016. O que não significa que a Apple não está tomando atitudes para resolver a questão. Mesmo não admitindo publicamente o problema, a companhia substituiu os cabos que ligam o display dos notebooks à uma placa de controle no corpo do aparelho em modelos que chegaram ao mercado a partir do segundo semestre de 2018.

Lançada em setembro, a nova geração do MacBook traz cabos flex mais longos que seriam menos suscetíveis ao estresse da abertura e fechamento constantes da tela. É essa a causa do chamado flexgate, que afeta a retroiluminação do display dos computadores devido ao esticamento que o componente sofre a cada manipulação desse tipo. Com um fio cerca de apenas 2mm mais comprido, a falha parece acontecer com menos frequência.


O problema é que a mudança na composição vem enquanto a própria Apple não admite publicamente a existência do “flexgate”. Em janeiro, quando o problema surgiu, a empresa nem mesmo comentou o assunto e esse silêncio continua até hoje, mesmo com os pedidos incessantes dos usuários afetados para que ela assuma a responsabilidade pela falha na fabricação dos MacBooks.

Enquanto esse não é o caso, quem quiser se livrar do efeito “luzes de palco”, as falhas na retroiluminação na parte inferior do display, deve pagar US$ 700 (cerca de R$ 2,6 mil) para um reparo oficial nos Estados Unidos. Isso porque não é possível substituir apenas o cabo flex e, para que o reparo seja realizado, toda a tela precisa ser trocada, encarecendo bastante o serviço para quem estiver fora da garantia — o caso da maioria dos afetados, já que estamos falando de uma falha que surge após o uso sucessivo e constante.

Uma petição no site Change.org continua em andamento, com mais de 13 mil assinaturas pedindo que a Apple admita o problema e crie algum tipo de garantia estendida ou programa de reparos exclusivamente para esta falha. Ela afeta MacBooks fabricados a partir de 2016 que tenham a barra sensível ao toque, para exibição de atalhos e outros comandos, não aparecendo, por exemplo, nas versões Air dos notebooks.

Como dito, a companhia não se pronunciou sobre o assunto e a mudança no cabo flex em modelos mais recentes mostra que a Apple, pelo menos, reconhece o problema a ponto de solucioná-lo. Entretanto, resta a dúvida quanto aos usuários antigos, que estão enfrentando a falha ou ainda permanecem sujeitos a ela. Todos estão sem uma palavra oficial e não têm muito o que fazer caso o problema acabe acontecendo com eles.



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