O Reino Unido está fechando o cerco
sobre utilização de apps de relacionamento por menores de idade. Na última
semana, o jornal Sunday Times, de Londres, apontou um levantamento de mais de
30 suspeitas de estupro infantil por conta de menores que burlaram o sistema de
verificação etária de apps como Grindr e Tinder.
O veículo levantou os dados de ambos
programas por pedido de acesso à informação. No total, foram identificados 60
casos de suspeita de crimes sexuais, incluindo aliciamento, sequestro, agressão
e, quase metade, estupro. Segundo o jornal, o menor envolvido tinha oito anos
de idade, sendo que o acusado neste caso já está preso.
Após as denúncias, o secretário de
Cultura do Reino Unido, Jeremy Wright, veio a público dizendo que estava
investigando o problema e os casos eram chocantes. Ambas empresas informaram
que mantêm métodos de evitar que crianças possam usar suas plataformas,
voltadas para maiores de 18 anos.
Wright aponta que, apesar dos
mecanismos, ainda é preciso que tais empresas tenham mais tecnologia para
evitar casos como este. As empresas podem passar a exigir, por exemplo,
comprovação de idade para entrar na plataforma.
Jonathan Ashworth, secretário de
Saúde, considerou um problema emergencial os casos relatados pelo veículo.
Crimes
A seguir, serão relatados casos específicos apresentados pelo
jornal britânico. Assim, fica aqui um alerta de conteúdo sensível.
Os casos são variados. Um garoto de
13 anos disse ao veículo que informou uma data falsa de nascimento para
conhecer o app, no caso o Grindr, mais voltado ao público homossexual
masculino. Na plataforma, ele falou que sofreu lavagem cerebral e abuso por 21
homens. Outro caso leva em conta uma menina de 16 anos com síndrome de Down
incentivada e enviar fotos suas completamente nua.
Respostas
Ao Times, o Tinder informou que tem
pesquisado formas de criar ferramentas, tanto manuais quanto automatizadas,
para evitar que menores utilizem o app. Ainda, investe “milhões de dólares”
(sem especificar cifras) para prevenir e remover estes usuários. A plataforma
também foi enfática em dizer que “não quer usuários menores de idade”.
Já o Grindr informou ao veículo que
“Qualquer relato de abuso sexual ou outro comportamento ilegal é problemático
para nós, bem como uma clara violação de nossos termos de serviço. Nossa equipe
está constantemente trabalhando para melhorar nossas ferramentas de triagem
digital e humana para prevenir e remover o uso indevido de menores do nosso
aplicativo”.
Fonte: Sunday Times
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