Após a controvérsia no Steam, em que
usuários pediram uma
atitude da Valve quanto a um jogo que continha a violência contra mulheres,
a empresa finalmente respondeu à questão. A declaração, publicada no Blog da
Steam hoje (6), deixa claro que a Valve não distribuirá o
título, chamado de Rape Day (“dia
do estupro” em tradução literal), que estava previsto para ser lançado em
abril.
Com uma mudança de política anunciada
no ano passado, a Valve havia dito que deixaria, basicamente, qualquer jogo na
plataforma, desde que não fosse ilegal ou uma pegadinha. Até agora, a única
categoria que foi bloqueada incluía romances visuais e outros jogos sobre
exploração sexual de crianças. Nestes casos, a empresa havia afirmado que o
estupro representava “custos e riscos desconhecidos”, sem esclarecer qual o
critério utilizado.
Alguns defensores do jogo afirmam que
ele representa apenas uma variação da violência que é permitida e amplamente
glorificada por muitos títulos tradicionais de grande orçamento, como os jogos
de tiro em primeira pessoa. Apesar dessa fração muito pequena de defensores, o Rape Day e seu desenvolvedor
enfrentaram condenações generalizadas de usuários, críticos e fãs de videogames
nos últimos dias, com uma petição no Change.org gerando milhares de assinaturas
pedindo que a Valve derrubasse o jogo, bem como centenas de comentários na
página do game na Steam, criticando o desenvolvedor e pedindo à empresa que
tomasse providências.
Nos últimos meses, não responder ou
fazer nada perante o problema vinha sendo a política de abordagem da Valve, que
valeu à Steam a reputação de ser um distribuidor para todos os tipos de
conteúdo violento e perturbador que não se pode encontrar facilmente em outro
lugar e que nenhuma plataforma importante normalmente permitiria.
Por outro lado, o desenvolvedor do
jogo controverso parece continuar empenhado em liberar o game de uma forma ou
de outra. De acordo com a empresa, é absolutamente de seu direito poder lançar
o jogo e, como uma empresa privada, ela diz que fará de tudo para conseguir
encontrar uma maneira alternativa de vender e comercializar os seus títulos —
controversos ou não.
Fonte: The Verge
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