quinta-feira, 7 de março de 2019

Valve se posiciona e não vai distribuir jogo de estupro na Steam



Após a controvérsia no Steam, em que usuários pediram uma atitude da Valve quanto a um jogo que continha a violência contra mulheres, a empresa finalmente respondeu à questão. A declaração, publicada no Blog da Steam hoje (6), deixa claro que a Valve não distribuirá o título, chamado de Rape Day (“dia do estupro” em tradução literal), que estava previsto para ser lançado em abril.

Com uma mudança de política anunciada no ano passado, a Valve havia dito que deixaria, basicamente, qualquer jogo na plataforma, desde que não fosse ilegal ou uma pegadinha. Até agora, a única categoria que foi bloqueada incluía romances visuais e outros jogos sobre exploração sexual de crianças. Nestes casos, a empresa havia afirmado que o estupro representava “custos e riscos desconhecidos”, sem esclarecer qual o critério utilizado.

Alguns defensores do jogo afirmam que ele representa apenas uma variação da violência que é permitida e amplamente glorificada por muitos títulos tradicionais de grande orçamento, como os jogos de tiro em primeira pessoa. Apesar dessa fração muito pequena de defensores, o Rape Day e seu desenvolvedor enfrentaram condenações generalizadas de usuários, críticos e fãs de videogames nos últimos dias, com uma petição no Change.org gerando milhares de assinaturas pedindo que a Valve derrubasse o jogo, bem como centenas de comentários na página do game na Steam, criticando o desenvolvedor e pedindo à empresa que tomasse providências.

Nos últimos meses, não responder ou fazer nada perante o problema vinha sendo a política de abordagem da Valve, que valeu à Steam a reputação de ser um distribuidor para todos os tipos de conteúdo violento e perturbador que não se pode encontrar facilmente em outro lugar e que nenhuma plataforma importante normalmente permitiria.

Por outro lado, o desenvolvedor do jogo controverso parece continuar empenhado em liberar o game de uma forma ou de outra. De acordo com a empresa, é absolutamente de seu direito poder lançar o jogo e, como uma empresa privada, ela diz que fará de tudo para conseguir encontrar uma maneira alternativa de vender e comercializar os seus títulos — controversos ou não.

Fonte: The Verge


Nenhum comentário:

Postar um comentário