Um desses jogos é Dragalia Lost., um belo jogo de RPG criado pela CyberAgent Inc. na qual os
jogadores precisam colecionar personagens. Quando lançado em setembro, alguns
jogadores haviam reclamado da dificuldade em obter os personagens mais raros
por meio tradicionais, enquanto o desbloqueio pelo sistema de loteria do jogo,
onde o usuário precisa desembolsar dinheiro de verdade, seria muito mais fácil.
Como resultado, a Nintendo pediu ao estúdio para reequilibrar esse aspecto do
game para que os jogadores não precisassem gastar tanto.
A Nintendo,
segundo informações do Wall Street Journal, está pedindo a desenvolvledores de
alguns de seus jogos free-to-play para smartphones que não abusem das
microtransações em seus games.
O jornal afirma
que, baseado nas informações de uma fonte familiarizada com a estratégia de
negócios da japonesa, a criadora dos ícones como Super Mario e Pokémon consideram
os jogos como um meio de promover a sua marca e os personagens, enquanto as
desenvolvedoras procuram obter lucros financeiros a partir delas. Portanto, é
possível presumir que a empresa está preocupada com a possibilidade de ser
criticada pela imagem de ser gananciosa em jogos para smartphones.
Mikey Fahey, do Kotaku, que vem
jogando o título praticamente todos os dias desde que foi lançado, diz que
todas as novas atualizações desde o lançamento do jogo foram bastante
generosos. Ele afirma que o jogo está, constantemente, recompensando os
jogadores com tickets de invocação ou moedas do game, e disse ainda que quase
toda vez que um novo evento de invocação é iniciado, são apresentados aos
usuários os personagens ou dragões poderosos que podem ser obtidos facilmente —
sem a necessidade de precisar pagar para isso. Dessa forma, os jogadores acabam
não sendo mais obrigados a recorrer pelo pagamento real para obter os melhores
itens.
Um funcionário da CyberAgent disse
que a Nintendo não está interessada “em fazer uma grande quantidade de receita
com um único jogo de smartphone", e que, caso estivessem gerenciando o
jogo sozinhos, teriam feito muito mais.
A DeNA Co. Ltd., outro estúdio de
jogos mobile, trabalhou em todos os principais títulos da Nintendo, incluindo Miitomo, Super Mario
Run, Fire Emblem
Heroes, Animal
Crossing: Pocket Camp e, mais recentemente, Mario Kart Tour. De acordo com o
Journal, o CEO da empresa, Isao Moriyasu, disse em fevereiro que o único de
seus jogos para celular que não está apresentando dificuldades é o Megido 72, um RPG bastante monetizado
que a sua empresa desenvolveu sozinho.
Ao mesmo tempo, a Nintendo não parece
ter desistido completamente do modelo de microtransação. Super Mario Run, por exemplo, é um
jogo grátis para download que o usuário precisa desembolsar US$ 10 para
aproveitar o game de forma completa, mas que não conseguiu atender às expectativas
de vendas quando foi lançado em 2016. Fire Emblem
Heroes, por outro lado, é um jogo que possui microtransações como Dragalia Lost, mas que trouxe cinco
vezes mais receita que Super Mario
Run durante seu primeiro ano.
Fonte: Kotaku
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