A Polícia
Militar do Rio de Janeiro e a operadora Oi irão testar câmeras de vigilância de
massa durante o carnaval carioca, afirma o The Intercept.
As câmeras estarão posicionadas nos blocos de Copacabana e servirão para captar
imagens de pessoas nas ruas, rosto por rosto, e placas de carros.
"De acordo com o secretário
da PMERJ, as câmeras são uma ferramenta fantástica"
Após receber as
imagens capturadas pela Oi, a Polícia Militar vai cruzar os rostos de cidadãos
e outros detalhes com informações das bases policiais, justiça e departamento
de trânsito. A ideia, segundo as autoridades, é identificar criminosos à solta
e veículos roubados. A PMERJ reforça que, “em um bloco de carnaval, podemos
identificar de forma imediata a presença de um criminoso”.
De acordo com o secretário da
PMERJ, coronel Rogério Figueiredo de Lacerda, as câmeras são “uma ferramenta
fantástica. É a modernidade, enfim, chegando”.
A Oi, que teve um “custo zero” ao
adquirir a ferramenta de acordo com o coronel, ainda não detalhou como os dados
sensíveis (de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados) serão armazenados e
lidados. Nem quanto tempo eles ficarão no sistema e quem irá receber as
informações.
Vale notar,
como relembra o The Intercept, que um dos testes de vigilância de massa
realizado na Inglaterra acusou muitos inocentes como criminosos. Um teste feito
durante a final da UEFA Champions League teve um índice de erro de 92%,
identificando 2.470 possíveis criminosos — apenas 173 foram identificados de
maneira correta.
"A
tecnologia oferecida pela Oi é desenvolvida pela Huawei
"
A tecnologia oferecida pela Oi é
desenvolvida pela Huawei e se chama VCM (gerenciador de vídeo na nuvem).
Segundo a fabricante chinesa, o diferencial dessa ferramenta é a precisão no
reconhecimento de pessoas e objetos.
Para o Instituo de Defesa do
Consumidor (Idec), “falhas e omissões na condução do projeto podem impactar de
forma irreparável direitos dos cidadãos”. Dessa maneira, uma exposição dos
dados pessoais colhidos “pode levar à quebra de privacidade em massa”.
Fonte: The Intercept
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