Após meses de experimentações,
comentários e indicações, o Instagram finalmente
lançou sua própria plataforma de vendas. A ideia é que, a partir de agora,
usuários possam adquirir produtos vistos nas imagens com poucos cliques e
diretamente pela rede social, sem a necessidade de seguirem para as lojas
oficiais das marcas para cadastro e pagamento.
A novidade que estreia nesta
terça-feira (19) vale para usuários americanos, mas ainda está restrita a 20
grandes marcas do setor de vestuário, como Nike,
Zara, Michael Kors e Burberry. A ideia da rede social é liberar a plataforma
para todos os usuários dos Estados Unidos nas próximas semanas, servindo, mais ou
menos, como o sistema de marketplace do Facebook, de onde vem uma
clara inspiração.
O PayPal será o
operador de pagamentos da nova funcionalidade. Enquanto isso, o Instagram vai
armazenar as informações de cartão de crédito e endereço para facilitar as
compras, além de levar uma parcela não divulgada de todas as vendas. O objetivo
final é tornar o processo de compras simples e rápido, envolvendo apenas alguns
cliques na tela e sem a necessidade de saída do ambiente da própria rede social.
As compras
podem ser feitas diretamente pelo Instagram, sem a necessidade de ir aos sites
das marcas ou lojas (Imagem: Divulgação/Instagram)
A
necessidade de transformar o Instagram em um vetor de compras vem de números e
também da própria experiência de Ashley Yuki, executiva de produtos da rede
social. De acordo com ela, 130 milhões de pessoas passam todos os meses pelas
ferramentas de exibição de produtos à venda do aplicativo, um número em amplo
crescimento, mas que nem sempre se converte em vendas. Para ela, o processo de
sair do aplicativo, abrir um site e preencher dados a partir do celular, em
páginas nem sempre otimizadas ou em uma conexão móvel, acaba fazendo com que
muita gente desista.
Com poucos
toques e uma interface confiável, entretanto, tudo muda e a ideia é que os
usuários não apenas comprem mais, mas também continuem contribuindo para as
receitas da plataforma. Como dito, a porcentagem do Instagram a cada venda não
foi revelada, mas levando em conta um total de mais de 100 milhões de usuários
interessados em compras na plataforma, o montante é bastante considerável.
Além disso,
é claro, a movimentação auxilia nos algoritmos da empresa e fomenta sua
exibição de anúncios. Da mesma forma, o sistema de vendas do Instagram também
deve evoluir para que marcas, e depois usuários, possam promover publicações
com produtos para negócio, o que, novamente, amplia as receitas e o rol de
monetização da rede social.
Justamente
por isso, a ideia, por enquanto, é manter a interface de vendas dentro do
próprio aplicativo comum do Instagram, mas a empresa não nega a possibilidade
de lançar um software exclusivo para isso no futuro. De acordo com Yuki, no
momento o objetivo é tornar a experiência semelhante a de um shopping, em que o
usuário pode andar (ou, neste caso, navegar) por lojas e comprar produtos
individualmente sem a necessidade de acessar diferentes sites ou baixar vários
aplicativos.
Por
enquanto, o anúncio e o recurso funcionam somente nos Estados Unidos e para
lojas e usuários de lá. Não existem informações sobre expansão internacional.
Fonte: Recode
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