A Terra ganhou, temporariamente, uma nova “lua”, que está orbitando o planeta em companhia ao nosso satélite natural. A descoberta foi anunciada por astrônomos do programa de monitoramento Catalina Sky Survey (CSS), da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, gerenciado pela NASA.
Esta minilua é, na verdade, um pequeno asteroide capturado pela força gravitacional da Terra, avistado pelos americanos no último dia 15 de fevereiro. Depois disso, ele foi visto por pesquisadores de mais seis outros observatórios espalhados pelo planeta e vem sendo monitorado desde então.
Conforme os pesquisadores, o corpo celeste, batizado de 2020 CD3, mede entre 1,9 m e 3,5 m de diâmetro, tamanho bem menor que a nossa lua principal. Eles afirmaram também que o asteroide está preso à gravidade do planeta há cerca de três anos, circulando a Terra a cada 47 dias, apresentando uma órbita larga e oval, voando além do caminho do satélite natural — daí a dificuldade em observá-lo.
BIG NEWS (thread 1/3). Earth has a new temporarily captured object/Possible mini-moon called 2020 CD3. On the night of Feb. 15, my Catalina Sky Survey teammate Teddy Pruyne and I found a 20th magnitude object. Here are the discovery images. pic.twitter.com/zLkXyGAkZl— Kacper Wierzchos (@WierzchosKacper) February 26, 2020
Há diferentes simulações da trajetória do objeto e nem todas elas são precisas, mas de acordo com o pesquisador da Queen’s University Belfast Grigori Fedorets a minilua está se afastando do planeta neste momento, devendo escapar definitivamente da órbita terrestre até o mês de abril.
Casos semelhantes
Não é a primeira vez que um pequeno asteroide se prende à gravidade da Terra e assume o posto de minilua temporariamente. Em 2006, o mesmo programa CSS descobriu o objeto 2006 RH120, que ficou dando voltas ao redor do planeta até se libertar, em 2007.
Outros casos que ganharam destaque foram o do 3753 Cruithne, descoberto em 1986 orbitando o Sol e eventualmente a Terra, e o 2016 HO3, revelado há quatro anos e que tem previsão de acompanhar a trajetória do nosso planeta por vários séculos.
Fonte:New Scientist
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