quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

J.R.A.FOTO-CRÍTICA: AVES DE RAPINA: ARLEQUINA E SUA EMANCIPAÇÃO FANTABULOSA

Por João Ramiro Antunes

Arlequina ou Haley Quinzel foi criada por Paul Dini e Bruce Tim, e teve sua primeira aparição na clássica série animada BATMAN episódio #22 que foi ao ar em 1992, que mais tarde teve sua origem contada no quadrinho "Mad Love" (Louco Amor) lançado em fevereiro de 1994, vencedor do prêmio EISNER. Sua estréia nos cinemas foi com o problemático Esquadrão Suicida dirigido por David Ayer em 2016. Agora em 2020, ela está de volta encabeçando seu primeiro filme solo. 
Depois de se aventurar com o Coringa, Arlequina se junta a Canário Negro, Caçadora e Renee Montoya para salvar a vida de uma garotinha do criminoso Máscara Negra em Gotham City. 
Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa é dirigido pela cineasta Chinesa-Americana Cathy Yan, que aqui realiza um trabalho ok, assim como todo o filme. Para começar ela se aproveita bastante daquela boa estética pop estilosa do Esquadrão Suicida, não só na fotografia, mas nas animações sobrepostas, também usando "a torto e a direito" um recurso tradicional dos filmes do diretor Guy Richie, o famoso "Rebobinando a fita", mas infelizmente não dinamicamente como ele, aqui feito em exaustão, que chega a esquecermos que se trata de um link narrativo de tão longo. 
A história é simples e até honesta no que se propõe, mas também nada além disso, com atuações exageradas quase caindo pro caricato, com humor na maior parte funcional.
O ponto realmente positivo, fora a atuação da Margot, fica por conta da ação, criada por ninguém menos que Chad Stahelski (John Wick), que é muito boa, mesmo que não bem executadas por todas, às vezes parecendo coreografado demais, mas nada que atrapalhe as divertidas cenas de luta, no geral. 
O elenco majoritariamente feminino é bom e funciona, a Margot Robbie está ainda melhor e bem mais a vontade de volta ao papel da louquinha Arlequina, mandando ver na porradaria, apesar de algumas parecerem ter sido tiradas de um desenho animado. 
 
Outra que gostei foi a Caçadora da Mary Elizabeth Winstead, a assassina mega treinada que adora flechas, além de ser a mais interessante do grupo, é também a que mais me convenceu em tela. Ah, e a ladrazinha Cassandra Cain feita pela atriz mirim Ella Jay Basco que merece menção. 
 
Já a Canário Negro interpretada pela Jurnee Smollett-Bell, apesar de ter um background até operante, foi a que menos me chamou atenção, junta com a policial Renee Montoya da Rose Perez. 
Ewan Macgregor que dá vida a Roman Sionis o Máscara Negra, entrega uma interpretação não muito original, mas está bem e tem uma caracterização maneira que passa com êxito aquela vibe estilo-ameaçador, pena usar o visual tão pouco. 
A violência à qual justificaria sua classificação para 17 anos, ao término de sua exibição, fica mais que claro ter sido desnecessária, pois a áurea pop em volto desse projeto, com tiros de confete, sequências que beiram o circense, mascarando a violência gráfica, ora sim e ora não, deixa mais que explicito a besteira em privar os adolescentes, que deveria ter sido público alvo, e isso vai pesar na bilheteria. 
Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa é divertido, tem boas cenas de ação, aposta na boa interpretação e carisma de sua personagem e no público feminino, com trama simplista que não precisava tanto pra contá-la, mas que funciona sozinho, mesmo citando o nome do palhaço do crime à cada 10 minutos.
NOTA: 6,5/10

Assista o Trailer:

Ficha Técnica Completa:
TítuloBirds of Prey (and the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn) (Original)
Ano produção2020
Dirigido por
Estreia
6 de Fevereiro de 2020 ( Brasil )
Outras datas 
Duração108 minutos
Classificação 16 - Não recomendado para menores de 16 anos
Gênero
Países de Origem

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