segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

J.R.A.FOTO-CRÍTICA: STAR WARS: A ASCENSÃO SKYWALKER

Por João Ramiro Antunes

A saga mais icônica da história do cinema e da cultura pop, chega ao fim com o último capítulo da nova trilogia iniciada em 2015 com Star Wars: O Despertar da força. 

Rey, Finn, Poe Dameron sob o comando de Leia, dessa vez com a ajuda de Lando Calrissiam, lutam pra manter a resistência viva num embate final contra o verdadeiro arquiteto por trás da Primeira Ordem, enquanto Kylo Ren caminha ao seu encontro. 
O Despertar da Força dirigido por J.J. Abrams foi um sucesso absoluto de público e crítica na época, mesmo repetindo à esmo a estrutura narrativa de Uma Nova Esperança, apostando na nostalgia e que deixou os fãs dos heróis da galáxia distante felizes da vida. 
Em 2017, surge a aguardada continuação intitulada Os Últimos Jedi, só que desta vez pelas mãos do diretor Rian johnson, e esse ao contrário de Abrams, arriscou no novo, subvertendo nossas expectativas, pois o que deveria ser um repeteco estrutural de O Império Contra-Ataca, seguiu numa direção completamente diferente, mudando a velha formula sempre usada, dividindo opiniões e deixando alguns fãs fervorosos bem irritados, fazendo a senhora Disney perder alguns milhões. 
Então eis que J.J.Abrams fora chamado de volta para reassumir o comando, não só pra dirigir mas como roteirista ao lado de Chris Terrio, com a missão de "consertar" todo o erro do segundo capítulo, e o resultado foi...desastroso. 
Arcos jogados de lado, acontecimentos desfeitos ou ignorados, num esforço tremendo pra fazerem os fãs esquecerem o que havia sido feito anteriormente, causando uma estranheza que nos acompanha durante toda a sessão. Se apegando com unhas e dentes na velha fôrma, com muita nostalgia, enchendo a tela de frases clássicas, personagens icônicos, lugares, tudo no intuito de mascarar um roteiro fraco que parece ter sido feito às pressas. A revelação do passado da Rey e seus pais por exemplo, nos faz pensar: "Era isso mesmo?", deixando mais que visível o mal planejamento dessa nova saga. 
As lutas de sabre de luz (marca registrada da franquia), que aqui tem bastante, é sem inspiração e não empolga, algo deveras o oposto do que foi visto nos Últimos Jedi, naquela cena memorável contra a guarda pessoal do Líder Supremo Snoke, diga-se de passagem. 
Mesmo entregando uma cena de batalha final bem feita e bem dirigida, repleta de elementos para tornarem esta épica, não conseguem burlar aos olhos mais atentos, o sentimento morno com o qual à absorvemos. 
Sobre o elenco, todos estão bem, mas o destaque com certeza fica com a Rey (Dayse Ridley) e Kylo Ren (Adam Driver), que continuam excelentes protagonistas. 
O Finn (John Boyega) tá Ok, mas percebe-se que algo está lhe  faltando, o Poe (Oscar Isaac) teve sua impetuosidade bem  reduzida, perdendo bastante nossa admiração. C-3PO tem participação inesperada louvável, já a volta do Billy Dee Williams, como Lando Calrissian não passa de Fan Service. 
Ah, a nossa Leia Organa da querida Carrier Fisher que lamentavelmente veio à falecer, acredito terem feito um bom  trabalho e até plausível para com sua despedida. 
Novos personagens são inseridos mais suas entradas soam abruptas demais, uns até tem potenciais e visuais bacana, como a Zorri Bliss, mas mal aproveitados, assim como o "novo" vilão. 
Os pontos realmente positivos são técnicos, o valor de produção é grandioso, a construção de mundos é a mais bem explorada dos três, contando com planos bem imponentes, takes belíssimos, acompanhados à trilha sonora magnífica do John Williams. 
Pra finalizar não muito bem, o humor soa meio deslocado, e os poderes dos Jedi, pra mim pelo menos, senti que viajaram legal na capacidade, quebrando leis e regras estabelecidas, beirando o absurdo, deixando Mestres Jedi, como Yoda e Mace Windu parecendo Padawans. 
Star Wars: A Ascensão Skywalker não é ruim, mas é sem sombra de dúvida o mais fraco da trilogia, não supre em nada as expectativas para o que se espera de um episódio final dessa nova saga, dando um fim pra essa história no máximo Ok. É o mais dramático, podendo até emocionar aqueles fãs mais Old School, mas também o mais covarde com estes, ao entregar mais do mesmo, e tentar apagar a trilha outrora construída como um caminho pra o que era realmente novo, se escondendo em sua zona de conforto, num intuito descarado de ludibriar seus fãs com nostalgia, no final deixando muito à desejar, infelizmente.

NOTA: 6,5/10

Assista o Trailer:

Ficha Técnica Completa
TítuloStar Wars: The Rise of Skywalker (Original)
Ano produção2019
Dirigido por
Estreia
19 de Dezembro de 2019 ( Brasil )
Outras datas 
Duração141 minutos
Classificação 12 - Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero
Países de Origem

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