quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Liderança feminina: aumenta 32% a participação de mulheres em altos cargos

O relatório Women in Business 2019, produzido pela consultoria Grant Thornton, mostra que no Brasil houve um salto de 32% na relação de empresas que afirmam ter pelo menos uma mulher em cargos de liderança, o que representa algo em torno dos 93% dos negócios - bem diferente dos 61% registrados em 2018 no país. A pesquisa considerou como liderança qualquer atuação em nível gerencial, sendo que a presença feminina é maior em posições como CFO e direção de Recursos Humanos.
Fonte: Pexels

Apesar do cenário parecer positivo, quando olhamos para o número de mulheres à frente dos negócios, o índice cai para 13%, segundo a pesquisa Panorama Mulher, do Insper. Em entrevista à Marie Curie Box, primeiro clube de assinaturas voltado para liderança feminina, Cristina Junqueira, Cofundadora do Nubank, comprova os dados.

“Apesar de hoje já termos algumas referências de mulheres ocupando altos cargos de liderança nas empresas, eu sempre fui uma das poucas, se não a única, em todos os times pelos quais passei até chegar ao Nubank, e certamente isso tornou as coisas ainda mais desafiadoras. Por isso, meu principal conselho para mulheres que têm a ambição de assumir posições de liderança é: sua carreira não pode esperar a igualdade chegar”, compartilha .
No destaque, Cristina Junqueira, Cofundadora do Nubank. (Fonte: Blog Nubank/Reprodução)

A líder de uma das fintechs de maior sucesso no Brasil afirma que já sofreu preconceito e aconselha: “é preciso estar preparada para continuar mostrando que, embora ainda comuns, esses preconceitos não podem mais existir”.

Os dados da pesquisa da Grant Thornton também apontam que, embora os números globais sobre a liderança feminina sejam animadores, com uma média de 87% das empresas pesquisadas afirmando possuírem ao menos uma mulher em cargo de liderança, os desafios ainda são grandes para encontrar um denominador comum para a igualdade de gênero dentro das empresas. Entre as principais barreiras, as mulheres ainda são mais impactadas do que os homens na conciliação com as tarefas fora do trabalho, falta de acesso ao desenvolvimento e oportunidades de trabalho.

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