quinta-feira, 26 de setembro de 2019

J.R.A.FOTO-CRÍTICA: RAMBO ATÉ O FIM


Por João Ramiro Antunes

Sylvester Stallone está de volta no papel do herói de guerra mais icônico dos anos 80 para o quinto filme da franquia iniciada em Rambo: Programado para matar de 1982, e que já havia sido revisitada e encostada desde 2008, com Rambo 4.
O tempo passou pra John Rambo, que agora vive recluso em um rancho. Sua vida marcada por lutas violentas ficou para trás, mas deixou marcas inexplicáveis. 
No entanto, quando uma jovem de uma família amiga é sequestrada, Rambo precisa confrontar seu passado e resgatar suas habilidades de combate para enfrentar o mais temido cartel mexicano. A busca logo se transforma em uma caçada por justiça, na qual, nenhum criminoso será perdoado. 
Se eu pudesse definir exatamente do que esse novo filme se trata, diria que é uma mistura de Busca Implacável (2008) e Logan (2017), sendo que ambos são melhores que ele. 
Rambo Até o Fim chega aos cinemas com direção do cineasta Adrien Grunberg que faz um trabalho apenas Ok aqui, mas que no final das contas, esse até se sai bem com o roteiro fraco e extremamente clichê, co-escrito pelo próprio Stallone em parceria com o roteirista Matt Cirulnick, que tinha em mãos. 
Com uma hora e meia de duração, a história criada é tão genérica, previsível e melodramática que parece ter duas. Temos uma hora e dez minutos de uma tentativa de construção atmosférica enfadonha que não nos prende, pois não passam a emoção necessária, pra engajarmos com o drama vivido que soa artificial demais. 
O texto é raso, tudo que já vimos em exaustão, diálogos genéricos e repetitivos como: "Quem é esse coroa? Ah, ele é só um velho", artifício barato com intuito de subestimar e desmerecer o protagonista, sendo que já o conhecemos de 4 filmes anteriores, destruindo a ideia de surpresa ao revelá-lo fodão, quando o que ficamos constantemente pensando é: "Vai Rambo, mata logo eles!"
Ainda tem a identidade visual do personagem e suas características que o tornaram tão icônico que é completamente jogada pra escanteio, nos entregando o Rambo que queríamos ver desde o início, aos 40 minutos do segundo tempo, em míseros 20 minutos finais, com uma sequência de ação boa de verdade, utilizando armas icônicas e momentos referenciais à toda franquia, acompanhados à trilha clássica, com uso de violência gráfica pesada. 
Aos 73 anos, Stallone manda muito bem nas cenas de ação, gênero no qual fora consagrado, sua interação com a atriz yvette Monreal é boa, ela consegue transmitir a inocência e ingenuidade de sua personagem Gabrielle, apesar do tipo de relação e circunstâncias não ter nada de novo. 
Já os vilões interpretados por Sergio Peris Mencheta e Óscar Jaenada são muito estereotipados. O Victor Martinez do Jaenada por exemplo, é muito caricato não passando o que deveria, e quando chega ao clímax do filme, não causam perigo algum, deixando visível demais o quão inferiores eram ao herói.
Rambo Até o Fim tem roteiro muito fraco, mesmo para os padrões de filmes de ação nesse molde, oferece uma história mais intimista, completamente diferente do espírito de guerra retratado nos anteriores da franquia, tem personagens e situações pra lá de clichês e genéricas, em meio à um dramalhão que não engrena emocionalmente, é visceral e que merecia mais que só uma boa sequência de ação. 
NOTA: 5/10

Assista o Trailer: 


Ficha técnica completa

TítuloRambo - Last Blood (Original)
Ano produção2019
Dirigido por
Estreia
19 de Setembro de 2019 ( Brasil )
Outras datas 
Duração100 minutos
Classificação 18 - Não recomendado para menores de 18 anos
Gênero
Países de OrigemEstados Unidos da América

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