O diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine),
Christian de Castro Oliveira, afastado do cargo desde 30 de agosto, está sendo processado pelo Ministério
Público Federal (MPF) por suspeita de associação criminosa, violação de sigilo
funcional, prevaricação, crimes contra a honra e denunciação criminosa. A
denúncia também foi feita contra o ex-Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, e
outras seis pessoas.
De acordo com o que foi apurado até o momento, o grupo vinha
tentando interferir nas eleições da Ancine, prejudicando a imagem de outros
diretores que concorriam à vaga. Em comunicado, o MPF indicou que o crime
ocorreu entre 2017 e 2018 e que todos os envolvidos seriam beneficiados caso
Oliveira fosse eleito.
O MPF também acusa os envolvidos de "enriquecimento ilícito
pessoal e de terceiros", que por isso responderão também a uma ação civil
pública. Em comunicado, o MPF solicitou "a decretação da indisponibilidade
dos bens dos demandados, o afastamento do exercício do cargo e das funções
públicas". O grupo também pode ser condenado a pagar multa de R$ 500 mil
por danos materiais e morais.
Christian de Castro Oliveira (Fonte:
Ancine/Reprodução)
A defesa de Sérgio Sá Leitão divulgou
um comunicado alegando que seu cliente é inocente e que as acusações feitas
pelo MPF são "infundadas e revelam um caráter estritamente político e
midiático". A nota destaca que o ex-ministro trabalhou por cerca de 20
anos como servidor público, "em prol do desenvolvimento da arte, da
cultura e da economia criativa no Brasil" e que tudo será devidamente
esclarecido.
A equipe do UOL entrou em contato com
a Ancine, mas não obteve respostas. Christian de Castro Oliveira não foi
localizado até o momento.
Fonte: UOL
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