Para a alegria dos fãs, Watchmen está marcada para estrear no mês que vem na HBO. Em preparação para o seu lançamento, Damon Lindelof, criador da série, concedeu uma entrevista cheia de detalhes para a Entertainment Weekly.
Aqui estão os principais pontos.
A relação entre os quadrinhos e a série
Segundo Lindelof, a produção se passa 30 anos após os acontecimentos da HQ de Alan Moore e explorará algumas brechas da história original para apresentar novas situações.
Série se passa 30 anos depois da HQ. (Fonte: DC Comics/Reprodução)
O único superpoderoso desse mundo é o Doutor Manhattan, que aparentemente está descansando em Marte. Isso significa que todos os vigilantes mascarados da série são pessoas comuns, e a principal deles é Angela Abar (Regina King), uma detetive de Oklahoma que tem a identidade secreta de Sister Night (em tradução livre, Irmã Noite) e está investigando a reaparição de um grupo terrorista supremacista branco.
Mundo alternativo de Watchmen
O showrunner explicou um pouco mais sobre o mundo alternativo que criou para a série. Segundo ele, é um universo em que combustíveis fósseis não são mais usados como fonte de energia e os carros têm emissões zero. Também há uma Legislação de Vítimas de Violência Racial, em que vítimas e descendentes de injustiça racial são isentos de impostos.
(Fonte: HBO/Reprodução)
Massacre Tulsa 1921
Lindelof usa o massacre real Tulsa 1921 como cenário na série e explica que escolheu essa história como forma de relembrar uma situação esquecida pela população: "usar Watchmen como um mecanismo de entrega para esse pedaço de história apagada parecia certo".
Ele também explicou que o gênero de super-heróis costuma se concentrar em Nova York ou paradigmas da cidade, como Gotham, por isso escolheu Oklahoma como plano de fundo.
Diferencial do Watchmen e destaques do elenco
Com tantas produções de super-anti-heróis nas telas, como Deadpool e The Boys, como Watchmen pode se destacar? "Em Watchmen, ninguém tem superpoderes, então senti que não estaríamos desconstruindo o mito dos super-heróis, porque todos os personagens de Watchmen são apenas humanos que se vestem", afirmou Lindelof. Ele também destacou que é interessante pensar nos motivos para essas pessoas querem omitir sua identidade.
O produtor não escondeu a felicidade de contar com King. Ele chegou a destacar que a oportunidade de fazer dela a protagonista foi uma das razões pelas quais tudo valeu a pena. Lindelof também falou sobre o seu encantamento com o trabalho de Jeremy Irons, Jean Smart, Tim Blake Nelson e Louis Gossett Jr.
Regina King é a protagonista da série. (Fonte: HBO/Reprodução)
Carta no Instagram
Em 2018, Lindelof publicou uma carta para os fãs em seu Instagram, falando sobre a produção de Watchmen. Ele explicou que pretende revisitar o século passado com um conjunto de olhos surpreendentes, porém familiares. Na entrevista citada, o showrunner deu a dica de que no fim do sexto episódio fica claro sobre quem ele estava falando, sem espaço para debates ou novas teorias.
Tópicos polêmicos
O criador também deu um aviso para o público sobre os temas polêmicos que a série tratará: "Eu também sinto que, infelizmente, vivemos em um espaço em que o ódio corre solto não apenas na internet mas também na vida real, e é importante lembrar que esse é um programa de TV. Isso não é real. Embora esteja lidando com problemas reais e tenha como objetivo gerar e provocar conversas e emoções, precisamos contextualizar que isso é ficção".
Watchmen estreia no Brasil em 20 de outubro no canal HBO.
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