Durante o
encontro entre o presidente do Brasil Jair Bolsonaro e o presidente americano
Donald Trump, os dois países selaram o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas
(AST), que vai permitir o uso comercial do Centro de Lançamentos de Alcântara,
no Maranhão, por parte dos Estados Unidos.
A função desse acordo é proteger
a tecnologia americana contida em praticamente 80% dos veículos espaciais, de
naves a satélites. Sem a assinatura do AST, nenhum desses dispositivos poderia
ser lançado da Base de Alcântara, que está situado em um local estratégico para
o lançamento de foguetes e mísseis.
Nas mãos do legislativo
Para entrar em vigor, o AST
precisa ainda ser aprovado pelo Congresso Nacional, que já barrou o documento
em 2002 por considerar que ele feriria a soberania do país. A Agência Espacial
Brasileira (AEB) defende a aprovação do acordo para que o Brasil não fique de
fora do mercado de lançamentos espaciais e afirma que esse tipo de documento é
praxe no setor espacial.
"O setor [espacial] movimentou em torno de US$ 3 bilhões, ou R$ 11,37 bilhões, apenas em 2017"
O mercado de lançamentos
espaciais tem crescido com o desenvolvimento de empresas privadas que enviam
satélites para a órbita da Terra, como a SpaceX, de Elon Musk, e a Blue Origin,
de Jeff Bezos. O setor movimentou em torno de US$ 3 bilhões, ou R$ 11,37
bilhões, apenas em 2017.
O Brasil quer fazer parte desse
circuito de bases de lançamento, mas pode estar liberando o acesso a uma área
privilegiada e estratégica de decolagens para agências governamentais dos
Estados Unidos, o que poderia ser considerado – e é por muitos – como uma
ameaça à soberania nacional.
Fonte: AGÊNCIA
BRASIL
Nenhum comentário:
Postar um comentário