Pesquisadores do Instituto de Ciências Weizmann, em Israel, realizaram um estudo que sugere que oito dias de trabalho por mês poderia ajudar a sociedade a atravessar a crise do novo coronavírus. O método visa ajudar as empresas que estão sendo mais economicamente impactadas, além das pessoas que não têm como trabalhar remotamente.
Como funcionaria o método
De acordo com Ron Milo e seus colegas, os oito dias não seriam trabalhados em sequência. Há uma estratégia para explorar uma característica natural do vírus. Milo é professor de biologia computacional e de sistemas e autor do estudo.
O ideal seria que as empresas e os trabalhadores autônomos voltassem a trabalhar em uma escala modificada: quatro dias trabalhando e 10 dias em casa. Se alguém fosse infectado nesses primeiros quatro dias, os sintomas apareceriam durante os outros 10 dias em que o indivíduo está longe da sociedade. Isso daria tempo para o cidadão se isolar e impedir que seus colegas fossem infectados.
Fonte: Unsplash/Engin Akyurt/Reprodução
Segundo Milo, há um período latente, em que o vírus demora, em média, três dias para começar a ser transmitido de uma pessoa para outra. Esse período latente poderia ser explorado para que as empresas se mantivessem funcionando, mesmo que de forma reduzida, alternando entre grupos de trabalhadores. Seria uma maneira de diminuir o impacto negativo da pandemia sobre a economia.
Contendo a covid-19 e ajudando a economia
Milo ainda explicou que a proporção de quatro dias de trabalho para cada 10 dias em casa seria um ponto de partida. Essa escala poderia ser ajustada de acordo com as necessidades dos sistemas de saúde, para que não ficassem sobrecarregados.
Dessa forma, se a taxa de infecção voltasse a crescer, os dias trabalhados seriam diminuídos, e se o contágio estivesse em um nível baixo e controlado, mais dias de trabalho poderiam ser adicionados à escala.
O professor deixou claro que, durante a pandemia, esse método deveria ser aplicado exclusivamente aos trabalhadores que não podem trabalhar remotamente. Os demais teriam que se manter em casa.
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