terça-feira, 26 de maio de 2020

Imunidade ao coronavírus pode durar apenas 6 meses, alerta estudo

A imunidade do organismo humano ao novo coronavírus pode durar apenas seis meses, caso esta nova versão do vírus tenha comportamento semelhante às outras variantes, causadoras de resfriados comuns. É o que revela um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Amsterdã, na Holanda.

Na pesquisa, foram analisados os registros médicos de 10 homens, nos últimos 35 anos, para determinar os níveis de anticorpos nos organismos deles para qualquer um dos outros quatro tipos de coronavírus sazonais humanos identificados até o momento. Os participantes, com idades entre 27 e 40 anos, foram testados em intervalos de três a seis meses.

De acordo com os autores do estudo, os resultados revelaram uma “duração alarmantemente curta da imunidade contra os coronavírus”. Além disso, também mostraram reinfecções frequentes 12 meses após a doença inicial e uma redução importante nos níveis de anticorpos seis meses depois da primeira infecção.
A duração da imunidade é um detalhe importante para a produção de vacinas.
Fonte:  Pexels 

Ainda conforme os pesquisadores, as quatro linhagens de coronavírus humanos têm pouco em comum, mas todas parecem induzir uma imunidade de curta duração, com uma rápida diminuição do número de anticorpos. Eles acreditam que tal característica seja comum a todas as variantes: “Se o Sars-CoV-2 se comportar como um coronavírus sazonal no futuro, um padrão semelhante pode ser esperado”, concluíram.

Passaportes de imunidade

A ideia dos passaportes de imunidade, apresentada por vários governos nas últimas semanas, permitindo o relaxamento das medidas de distanciamento social para as pessoas com imunidade ao novo coronavírus, foi bastante criticada pelos autores do estudo.

“Como a imunidade protetora pode ser perdida seis meses após a infecção, a perspectiva de atingir a imunidade funcional do rebanho por infecção natural parece muito improvável”, alertaram.

É importante ressaltar que o estudo possui algumas limitações, sendo necessárias novas pesquisas, mais aprofundadas, para confirmar as descobertas a respeito do causador da covid-19.

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