Depois do sucesso de "Resgate",a Netflix em parceria com a Skydance Productions, investe mais uma vez na ação em seu catálogo com o mais novo lançamento The Old Guard.
Andy (Charlize Theron) comanda um grupo de soldados que possuem o inestimável dom da imortalidade. Eles vivem em segredo, através dos tempos oferecendo seus serviços como mercenários se passando por humanos comuns dentre os demais. No entanto, tudo muda quando acabam sendo expostos após uma missão, trazendo à tona as habilidades extraordinárias do grupo e a descoberta de mais um deles.
The Old Guard é baseado na série de quadrinhos de mesmo nome lançada em 2017 pela Image Comics criada por Greg Rucka e ilustrada por Leandro Fernandez, com roteiro adaptado e escrito pelo próprio Rucka. Dito isto, quero deixar claro, que não tinha nenhum conhecimento da obra até o momento, logo não poderei fazer paralelos com a fonte original, muito menos comparativos de fidelidade. Tudo que escreverei a partir de agora, será somente sobre o filme como produto de entretenimento e nada mais.
Começando pela direção da Gina Prince-Bythewood que realiza um trabalho ok, sem nenhuma assinatura visível. Já a história criada pelo quadrinista Greg Rucka é uma espécie de compilado de tudo que já vimos sobre o tema imortalidade, com algumas idéias boas aproveitadas, mas que nada soa original. Highlander, O Ultimo Caçador de Bruxas, Hancock, Ajin e até X-Men, parecem claramente referenciados por seu roteiro, mas sem se importar em dá uma explicação ou origem para tal poder, o que é bom e ruim ao mesmo tempo. Sem falar nos clichês abordando o conceito utilizados aqui à esmo.
Bom de verdade é o elenco, a bela e talentosíssima Charlize Theron tá excelente no papel da imortal fodona Andy, tanto na parte física quanto nos momentos de drama.
Outra que está muito bem é a atriz Kiki Layne como a ex-fuzileira Nile Freeman, que é usada como cartão postal para conhecermos o universo fantástico do longa, ainda entregando boa interação das duas em cena.
Gostei bastante da interpretação do Matthias Schoenaerts que dá vida ao Booker, uma espécie de braço direito da Andy, mesmo seguindo passos familiares.
Já o Joe (Marwan Kenzari) e Nick (Lucas Marielli) são usados como um tipo de alívio cômico pouco operante, na maior parte do tempo e as vezes sentimentalmente.
Mas todos com o seu famoso monólogo, alguns com o uso de flash backs, uns interessantes como as aparições da Quynh da atriz Van Veronica Ngo.
Mas todos com o seu famoso monólogo, alguns com o uso de flash backs, uns interessantes como as aparições da Quynh da atriz Van Veronica Ngo.
Partindo para o lado técnico, esperava mais das cenas de ação. São bem executadas, as utilizando lâminas legais, porém pra mim foram apenas operantes. Talvez seja por ter visto a Charlize em papéis anteriores bem mais badass do que a apresentada aqui, mesmo gostando do lance da imortalidade não os tornarem invencíveis como de costume, ou então o não histórico da diretora no gênero.
Agora, os efeitos especiais usados para tornar real as habilidades de regeneração deles, são de qualidade e extremamente convincentes, acompanhados de uma boa trilha sonora que merece menção.
The Old Guard é um filme bacana, apesar de pouco original, tem formato episódico que mais parece um seriado, dando mais tempo do que devia pra contar sua história para um projeto fechado, mesmo deixando gancho pra continuação. É bem produzido, mas que infelizmente não tem nada de realmente novo pra mostrar que o torne memorável.
NOTA: 6,5/10
Assista o Trailer:
Ficha Técnica
| Título | The Old Guard (Original) |
|---|---|
| Ano produção | 2020 |
| Dirigido por | Gina Prince-Bythewood |
| Estreia | |
| Duração | 118 minutos |
| Classificação | 16 - Não recomendado para menores de 16 anos |
| Gênero | |
| Países de Origem | Estados Unidos da América |
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