Uma nova paralisação dos entregadores de aplicativos de delivery está sendo planejada para dia 12 de julho. A manifestação reivindicará os mesmos direitos do protesto anterior, realizado na última quarta-feira (1°) pelos entregadores dos principais serviços de entrega: iFood, Rappi, Uber Eats e Loggi.
O chamado #BrequeDosApps conta com atos presenciais elaborados pelos trabalhadores e difundidos nas redes sociais. Dessa vez, a data da manifestação foi decidida por meio de uma enquete em redes sociais e WhatsApp com a participação de 26 mil entregadores.
A primeira paralisação, além de ter impactado na demanda de entregas em toda a América Latina, tomou as ruas de grandes centros no Brasil e em países vizinhos. Cidades como Rio de Janeiro; Brasília; Recife; Porto Alegre e Salvador tiveram várias ruas e avenidas ocupadas por centenas de entregadores exigindo melhores condições de trabalho.
#BrequeDosApps gigante! FODA! pic.twitter.com/mpNoYVmj4d— Gregorio Duvivier (@gduvivier) July 1, 2020
Pelo que protestam os entregadores?
Os pedidos principais incluem um aumento no valor mínimo da corrida, seguro contra roubo e acidente, e auxílio-pandemia, incluindo não só a distribuição de EPIs (equipamentos de proteção individual), como também licença remunerada em casos de contaminação pelo novo coronavírus.
Além disso, a classe exige um aumento no valor por quilômetro percorrido. Nesse caso, os entregadores esperam que as empresas de aplicativo repassem mais os lucros obtidos nesse período de pandemia. Outra exigência é o fim de sistema pontuação que, em aplicativos como Rappi, impactam significativamente na quantidade de pedidos recebidos e prejudica entregadores que ficam desconectados por muito tempo ou que recusam corridas.
O crescimento do número de desempregados durante a pandemia criou um movimento de migração para serviços de entrega e mobilidade urbana e isso resultou num cenário mais competitivo. Ao todo, são 170 mil entregadores cadastrados em todo o Brasil somente no iFood.
Contudo, segundo o jornal Folha de São Paulo, um estudo da Remir (Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista) constatou que 59% dos entregadores faturaram menos nesse período de isolamento social, mesmo que a demanda por entregas tenha aumentado consideravelmente. De acordo com o documento, esse fenômeno aconteceu porque os apps distribuíram mais entregas entre os trabalhadores, mas sem aumentar as taxas.
Fonte:Folha de São Paulo
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