Em janeiro desse ano, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma pesquisa intitulada “Perfil do Consumidor: Consumo pela Internet”. Os dados apresentados apontam que, entre 2013 e 2019, a pirataria sofreu uma redução expressiva no Brasil. E, um dos motivos para essa mudança, foi a popularização de plataformas de streaming de filmes e músicas.
Em 2013, 28% dos brasileiros afirmaram nunca comprar produtos piratas. Já em 2019, com a presença de serviços como Netflix, Amazon Prime e Spotify, esse percentual aumentou para 45%.
Entre os que diziam recorrer à pirataria às vezes, o percentual foi de 34% a 23%. E entre os que alegavam sempre comprar mídias piratas, houve queda de 6%.
Os serviços de streaming, segundo a pesquisa, possibilitam que a população consuma produtos originais por um preço mais baixo — reduzindo, portanto, a procura por DVDs e CDs “piratas”. Contudo, não há evidências que liguem essa escolha à renda.
Gráfico exibido na pesquisa (Fonte: Confederação Nacional da Indústria/Reprodução)
A CDI informou que essa escolha pode ser influenciada por dois fatores principais. Acredite se quiser: seu gênero pode interferir na probabilidade de você recorrer à pirataria. Os dados demonstram que 59% dos homens compram, pelo menos raramente, CDs e DVDs clandestinos. No caso das mulheres, o percentual apresentado é 51%.
Outro fator que colabora para essa decisão é a idade. 71% dos jovens entre 16 e 24 anos já compraram, pelo menos uma vez na vida, uma mídia pirata. Enquanto isso, os brasileiros acima dos 55 anos, apresentam um percentual de 28%.
Apesar desses dados, é importante destacar que o mercado clandestino vai além de mídias físicas. Com a popularização das plataformas online, a pirataria se reinventou.
Diversos sites oferecem músicas, filmes e séries grátis — e piratas. Um exemplo é o famoso PopCorn Time que, inclusive, teve seu dono preso na Dinamarca.
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