Um novo coronavírus que surgiu na China, batizado como 2019-nCoV, já infectou 444 pessoas na província de Hubei e fez 17 vítimas fatais em todo o mundo. A primeira vítima fora da Ásia foi identificada nos Estados Unidos. Um homem de aproximadamente 30 anos, cuja identidade foi preservada, chegou no Aeroporto Internacional de Seattle-Tacoma no dia 15 de janeiro e, quatro dias depois, entrou em contato com seu plano de saúde para avisar que estava com os sintomas do novo coronavírus. O diagnóstico positivo foi divulgado na segunda-feira (20).
O que é o 2019-nCoV
A cepa é um novo tipo de coronavírus que, por sua vez, formam uma grande família com vários tipos de vírus. Eles podem causar desde doenças simples, como resfriados, até outras mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que surgiu na China entre os anos de 2002 e 2003, e matou cerca de 800 pessoas em uma pandemia global.
Os coronavírus podem infectar tanto animais quanto seres humanos, o que aumenta a probabilidade de uma epidemia. Nos seres humanos, o 2019-nCoV causa um tipo de pneumonia que, segundo o Organização Mundial de Saúde (OMS), pode ser passada de pessoa para pessoa, por meio do ar, que já o vírus pode sofrer mutações.
Amostra laboratorial do coronavírus, que pode causar desde resfriados comuns até doenças mais graves. (Fonte: Center for Desease Control and Prevention/Reprodução)
Origem do novo coronavírus é imprecisa
As primeiras vítimas do coronavírus surgiram em dezembro do ano passado, na cidade de Wuhan, uma megalópole chinesa com mais de 11 milhões de habitantes. Foi de Wuhan que partiu a primeira vítima registrada nos EUA.
A autoridades de saúde chinesas suspeitam que o vírus surgiu em um mercado de peixes e frutos do mar, mas algumas dos infectados não tiveram nenhum contato com esse mercado.
O diretor do Centro Nacional de Controle e Prevenção de Doenças da China, Gao Fu, ainda disse que o mercado estava servindo para o comércio ilegal de animais silvestres.
Já falta máscaras e materiais de limpeza na China
Na China, quase metade das províncias já está em alerta. Como medidas preventivas, o presidente chinês, Xi Jinping, anunciou a ventilação e a desinfecção de aeroportos, estações ferroviárias e shopping centers. Além disso, sensores de temperatura também serão instalados em locais de grande movimento, para detectar pessoas que estejam com febre, um dos sintomas do mal causado pelo vírus.
Em Pequim, uma funcionária de uma farmácia disse que os estoques de máscaras e produtos desinfetantes já se esgotaram.
Passageiros em uma estação de trem de Yichang, China, a 321 quilômetros de Wuhan. (Fonte: CHINATOPIX/Associated Press/Reprodução)
Vários países que têm ligações aéreas diretas ou indiretas com Wuhan já estão reforçando o controle de passageiros, como aconteceu na época da epidemia do SARS. Enquanto isso, o prefeito da cidade sugeriu que as pessoas não entrem ou saiam de lá se não for caso de extrema necessidade.
Preocupação mundial
Nesta quarta-feira (22), um comitê da OMS deve se reunir em Genebra, Suíça, para determinar se deve declarar uma “emergência de saúde pública de alcance internacional” e como as nações deverão proceder.
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