sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Nova superbactéria é identificada em amostra coletada em 2014

Pesquisadores suecos anunciaram a identificação de um novo gênero de superbactéria resistente a antibióticos – para aumentar a lista de organismos que vêm tirando o sono dos especialistas faz tempo. O curioso da descoberta é que a bactéria foi detectada em amostras coletadas da ferida de um paciente na Suécia, mas não recentemente, senão que há 6 anos!

Bactéria inédita

A superbactéria foi identificada por cientistas da Universidade de Gothenburg por meio de uma combinação de técnicas, entre elas o Sequenciamento de Nova Geração – conhecido pela sigla NGS –, e pertence à mesma família da E. coli e da Salmonella spp.
O microrganismo recebeu o nome “temporário” de Scandinavium goeteborgense, em homenagem à cidade onde foi isolado, devidamente investigado e descrito, mas a denominação ainda precisa ser aprovada.
(Fonte: Engadget / Reprodução)
Segundo acreditam os cientistas, apesar de a superbactéria ter sido identificada a partir de uma amostra obtida em 2014, é bem provável que ela tenha infectado pessoas muito antes e também bem depois de o sujeito com o machucado ser tratado. Mas o importante é que o organismo foi classificado e os pesquisadores já sabem que terapias devem usar exatamente para combatê-lo.
Aliás, de acordo com os cientistas, o processo de identificação dos agentes por trás de doenças e infecções é vital. Isso porque, quando alguém adoece e os médicos administram antibióticos de amplo espectro – justamente por não saberem com qual patógeno estão lidando –, essa abordagem favorece o surgimento de organismos resistentes aos medicamentos disponíveis.
Essa situação é bastante preocupante, visto que a lista de superbactérias e organismos que desenvolvem mutações que os tornam mais resistentes aos antibióticos comuns não para de crescer. Isso acaba obrigando os cientistas a constantemente desenvolver novos medicamentos e buscar diferentes alternativas para tratar infecções e doenças – inclusive algumas relativamente comuns que passaram a ser potencialmente letais por conta dos patógenos imunes aos remédios disponíveis.

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