O Irã admitiu ter abatido avião da Ukraine International Airlines, matando os 176 passageiros que estavam a bordo. De acordo com uma declaração oficial divulgada pela rede de televisão iraniana, o acidente foi causado por um erro humano que, segundo o presidente Hassan Rouhani, era “imperdoável”.
O avião teria sido confundido com um míssil enquanto se aproximava de uma base da Guarda Revolucionária que estava em “alto estado de prontidão” devido às tensões com os Estados Unidos. Autoridades norte-americanas já desconfiavam do envolvimento do Irã com a queda do avião, apesar de inicialmente o país ter culpado uma suposta “falha no motor” em uma estranha postagem no site da Embaixada Ucraniana que foi apagada pouco tempo depois.
(Fonte: R7/Reprodução)
O comandante das forças aeroespaciais do país, Amir Ali Hajizadeh, declarou que a Guarda Revolucionária assume a responsabilidade pelo ocorrido. De acordo com o comandante, o operador que disparou o míssil contra o avião teve 10 segundos para agir e não conseguiu contatar nenhum superior, tomando uma “má decisão”.
“Eu desejo que pudesse morrer sem testemunhar um acidente como esse”, afirmou Hajizadeh. “Naquela noite estávamos prontos para uma guerra total.”, explicou ele. Todas as unidades de defesa estavam em estado de alerta e reforços haviam sido mandados para as proximidades do Teerã, onde aconteceu a queda.
A Guarda Revolucionária tinha, inclusive, tinha solicitado a suspensão de viagens aéreas comerciais, mas o pedido não foi cumprido. O presidente Hassan afirmou que o Irã lamentava profundamente a morte das vítimas. De acordo com ele, os fatos do incidente ainda estão sendo apurados e todos os responsáveis irão sofrer as devidas consequências judiciais, como noticiou o site Gizmodo.
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