Uma pesquisa da ONG Avazz, uma rede de ativistas online,
revelou que os usuários do Facebook vêm sendo
bombardeados com uma imensa quantidade de notícias falsas, exatamente a um ano
das eleições presidenciais americanas de 2020.
De acordo com a
Avazz, as 100 principais notícias falsas que se tornaram virais no Facebook,
nos últimos 10 meses, até o dia 31 de outubro, foram visualizadas mais de 158
milhões de vezes, sendo que nos EUA há 153 milhões de eleitores.
Apenas a ponta do iceberg
Em seu artigo, a Avazz disse que
apenas as notícias certificadas como falsas por organizações confiáveis
dedicadas à verificação de dados foram incluídas na pesquisa. Isso significa
que o número de fake news pode ser bem maior, na realidade.
Sem contar que, em redes socias como
o WhatsApp, que também são usadas para espalhar desinformação, chegar a um
consenso sobre números de links compartilhados é muito mais difícil.
Fonte:
Pexels/Reprodução
A
organização fez um apelo para que grandes redes sociais, como o YouTube, Instagram, Twitter,
Facebook e WhatsApp implementem
um sistema mais eficaz para corrigir a disseminação de dados errôneos,
sugerindo verificadores independentes que teriam a tarefa de notificar os
usuários que acessaram notícias falsas, oferecendo uma versão corrigida da
notícia.
Soluções do Facebook não surtiram
efeito
Depois que
foi comprovado que as eleições presidenciais americanas de 2016 tiveram o
resultado impactado por notícias falsas, o Facebook tomou medidas para proteger
os usuários e disse que, atualmente, conta com 40 equipes que trabalham
exclusivamente para preservar a transparência de dados relacionados
a política, reduzindo a desinformação e a propagação de mensagens de ódio.
Para a
Avazz, a solução adotada pelo Facebook ainda não se mostrou suficientemente
eficaz, e a prova são as conclusões de seu estudo. Se a companhia não agir com
rigor e pressa, as próximas eleições sofrerão do mesmo mal que acometeu o
processo eleitoral anterior.
Fonte: UOL Tilt
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