Na última quarta (30), um malware foi
encontrado na Usina Nuclear de Kudankulam. O ataque cibernético foi reconhecido
pela estatal indiana Nuclear Power Corporation of India, responsável pelas
usinas nucleares do país. Segundo a Ars Technica, o software malicioso foi
atribuído a um grupo de cibercrime conhecido como Lazarus: o DTrack.
Segundo o diretor associado da NPCIL AK Nema, o assunto foi
transmitido para a equipe nacional de resposta a emergências de computadores na
Índia, assim que foi notado, aparentemente desde 4 de setembro. O ataque na
instalação mais moderna do país foi investigado pelo Departamento de Energia
Atômica da Índia. "A investigação revelou que o PC infectado pertencia a
um usuário que estava conectado à rede conectada à Internet para fins
administrativos. As redes estão sendo monitoradas continuamente", declarou
Nema. Nenhum dano foi causado ao sistema da usina.
(Fonte: Pixabay)
Suspeita de espionagem
Por não ter ocorrido nenhum dano
severo, a possibilidade de espionagem é a mais cogitada por especialistas.
Sergio Caltagirone, diretor de inteligência na Dragos, acredita que o
malware foi colocado propositalmente na usina com intenção de espionar as
operações e obter informações. Segundo o especialista, em entrevista para o
“Wall Street Journal”, o mesmo software utilizado na fábrica já foi
identificado em outros ataques com o propósito de colher informações. Para ele,
o programa pode ter sido modificado especificamente para penetrar a usina
Kudankulam.
O ataque cibernético foi identificado
na rede que envolvem os sistemas de tecnologia da informação, que, por serem
conectados à internet, são mais vulneráveis a ataques externos. A usina também
possui outra rede, a principal, que controla o sistema industrial e envolve
diretamente o maquinário. Essa última é isolada e não possui conexões com a
internet, na tentativa de evitar ataques.
Fontes: CNet/Reprodução O Globo/Reprodução
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