quinta-feira, 2 de abril de 2020

Máquina consegue traduzir ondas cerebrais da fala em texto

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (1), o número confirmado de contaminações causadas pelo coronavírus no Brasil chegou a 6.836, com 241 vítimas fatais. Foram 1.119 novas confirmações em 24 horas. Agora, o órgão público vai adotar uma nova abordagem para tentar conter a ameaça: ligações automatizadas.

Segundo o ministro Luiz Henrique Mandetta, a ação, iniciada na última terça-feira (31), visa auxiliar na busca de pessoas vulneráveis ou com sintomas de infecção. Após uma saudação automática inicial, serão realizadas perguntas relacionadas à condição de saúde de quem atender a chamada.

A Ciência deu um passo a mais na compreensão do cérebro humano: pesquisadores conseguiram decodificar ondas cerebrais referentes à fala e traduzi-las em palavras. Os algoritmos da máquina foram programados para traduzir em tempo real essas ondas para formar palavras e sentenças, com uma taxa de erro de apenas 3%.

Outras tentativas semelhantes já haviam tido sucesso na interação cérebro-máquina, mas sempre de maneira limitada, conseguindo captar apenas partes de palavras faladas. A nova tecnologia contou com 4 voluntários lendo de 30 a 50 sentenças em voz alta com eletrodos monitorando sua atividade cerebral. Esses dados posteriormentes eram traduzidos por um computador em forma de palavras escritas.

O entendimento da linguagem se deu de duas formas: em uma, através do padrão de ondas geradas após repetições da fala, como vogais ou consoantes. Depois, outro sistema juntava cada um desses fragmentos para formar as palavras. Durante o treinamento do decodificador, foram ensinadas frases à máquina que não estavam no teste final. E como a tecnologia está conseguindo identificar palavras e sentenças, é possível que ela também consiga decodificar sentenças nunca antes treinadas.

“Embora nós desejemos que o decodificador aprenda e explore as regularidades do idioma, resta mostrar quantos dados seriam necessários para expandir nossos pequenos idiomas para uma forma mais geral de inglês”, escreveram os pesquisadores da Universidade da Califórnia em artigo publicado no Nature Neuroscience.

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