quarta-feira, 15 de abril de 2020

Distanciamento social pode ser necessário até 2022, diz estudo

Um estudo realizado pela Escola de Saúde Pública T.H. Chan, da Universidade de Harvard, revelou que, possivelmente, as pessoas terão que adotar medidas de distanciamento social (leia-se distanciamento físico) até 2022, para que a pandemia do novo coronavírus seja totalmente controlada.

Os sociólogos sugeriram que, até o fim da pandemia, as pessoas teriam que manter alguns comportamentos de distanciamento social como evitar abraços, beijos e apertos de mão. No entanto, segundo o artigo publicado na terça-feira (14), na revista Science, que aborda o estudo feito por Harvard, mesmo após o achatamento da curva de contágio, novos surtos do vírus podem ocorrer até 2024.

A duração e impacto da pandemia da covid-19 nos próximos cinco anos tem íntima relação com a sustentação e eficiência desse período inicial de isolamento social, que será ditado, principalmente, pela duração da imunidade que as pessoas adquirem ao ser expostas à doença.
Distanciamento social (físico) poderá ser necessário até, pelo menos, 2022. (Fonte: Pixabay/Reprodução)
Fonte:  Pixabay 

Surtos vão ocorrer periodicamente

Segundo os pesquisadores, os novos surtos da covid-19 vão ocorrer periodicamente, de acordo com a duração da imunidade à doença. Essa imunidade pode durar mais ou menos tempo, o que pode determinar surtos ocorrendo anual ou bienalmente, só para exemplificar.

Outro dado indica que podem haver surtos substanciais em qualquer época do ano, mas ainda é provável que o número de contágios atinja picos em determinadas épocas do ano, como no início do inverno.

Distanciamento social alternado

Devido à falta de informações seguras sobre a duração da imunidade, os pesquisadores sugerem que apenas um período de isolamento social não seja suficiente para acabar com a pandemia do novo coronavírus. Sendo assim, é possível que outros períodos de quarentena sejam necessários até 2022, para controlar o avanço do contágio, ou, pelo menos, evitar o colapso dos sistemas de saúde dos países atingidos. Esses novos períodos de isolamento poderão ser necessários até o desenvolvimento de um medicamento eficaz ou a chegada de uma vacina.

Infectados assintomáticos favorecem a pandemia

Outra razão para que governos continuem mantendo a quarentena são os portadores do vírus que não apresentam os sintomas da doença, e, por isso, repassam o contágio adiante, como em um efeito dominó.

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