A Apple e a Google anunciaram, na semana passada, parceria para desenvolver um sistema de rastreamento de pessoas para descobrir quem teve contato com contaminados pelo coronavírus, na tentativa de evitar a disseminação da doença. Agora, surgiram novas informações sobre o funcionamento desta ferramenta.
De acordo com o The Verge, as companhias planejam utilizar o Bluetooth Low Energy (Bluetooth LE) como base do sistema. Presente em praticamente qualquer celular, dos Androids mais básicos aos iPhones mais novos, essa tecnologia trabalha com baixos níveis de energia, para não afetar a bateria.
Além de já ser utilizado para localizar dispositivos, como acontece nos AirPods ao solicitar o pareamento com o celular e nos rastreadores Tile, o Bluetooth LE não depende da internet para funcionar. Por outro lado, o sinal não tem um alcance muito longo e a presença de obstáculos no ambiente, incluindo paredes, portas e janelas, pode causar interferências.
O sistema alertará os usuários que estiveram perto de pessoas que se contaminaram.
Fonte: Pixabay
Tentar fazer com que estas limitações não afetem o sistema é um dos próximos passos da Apple e da Google. As empresas já estão pensando em maneiras de melhorar o nível de precisão e de alcance do sistema, visto como mais eficaz do que outras ferramentas semelhantes — na Coreia do Sul e em outros países, o QR Code chegou a ser usado para emitir este tipo de alerta.
Sistema dependerá de apps específicos
A tecnologia desenvolvida por Google e Apple para rastrear os casos de coronavírus funcionará em conjunto com apps específicos, mas dependerá da autorização dos usuários para ter acesso aos dados de geolocalização. Quem possuir o app com a tecnologia e tiver ativado o Bluetooth trocará um código com outros celulares nas proximidades.
Caso uma dessas pessoas confirme, no aplicativo, que se contaminou com o coronavírus, o sistema enviará um alerta para todos os que estiveram próximos dela durante o período em que o código ficou armazenado no celular (14 dias), porém sem informar quem está doente.
Fontes:The Verge/ TechCrunch
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