Na última terça-feira (14), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o corte de orçamento destinado à Organização Mundial da Saúde até que sua administração revise detalhadamente as respostas da instituição à pandemia da covid-19. Os valores chegam à casa dos US$ 500 milhões por ano.
Segundo ele, outros países e entidades de saúde oficiais serão consultados para determinar o destino dos recursos – que representam 15% do orçamento da OMS. “Hoje, estou instruindo minha equipe a interromper o financiamento da Organização Mundial da Saúde enquanto uma investigação é conduzida para avaliar o papel da instituição na disseminação do coronavírus, resultado de uma má administração severa e acobertamento de fatos”. A suspensão pode durar 60 dias.
Fonte: Sky News
Ainda de acordo com o presidente, a pandemia poderia ter sido contida com poucas mortes se a OMS tivesse desconfiado das informações fornecidas pela China. “A organização falhou por não ter investigado apropriadamente os relatórios de fontes em Wuhan que confrontavam diretamente o Governo chinês”, se referindo à suspeita de possibilidade de contaminação entre humanos já surgida em dezembro de 2019. “Esse atraso em declarar emergência sanitária custou um tempo valioso”.
O veículo The Washington Post lembra que, mesmo a partir do dia 30 de janeiro de 2020, após a OMS declarar emergência, Donald Trump comparava a covid-19 a uma gripe e só recomendou distanciamento na metade de março. Além disso, em 24 de janeiro, Trump elogiou a China publicamente por sua transparência: "O país tem trabalhado muito para conter o coronavírus”, afirmou no Twitter.
Fonte: Twitter
Por fim, o presidente declarou que foi contra orientações da OMS e baniu viagens à China, o que pode ter salvado vidas. “A organização nos disse para cancelar o banimento, que não precisava disso. ‘Não façam isso’. Eles realmente tentaram”. Não há registros públicos de tais recomendações.
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