Uma investigação em curso da Polícia Federal (PF) descobriu que hackers estão invadindo câmeras de segurança residencial e equipamentos de babá eletrônica em dezenas de cidades brasileiras, de diversas regiões, colocando a intimidade das famílias em risco.
A Unidade de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da PF identificou, até o momento, invasões a 141 dispositivos instalados em residências de 35 municípios. Conforme a instituição, os invasores estão se aproveitando do período de quarentena em decorrência da pandemia do coronavírus para acessar imagens internas das casas e gravar a rotina das pessoas.
Os investigadores apontam que as invasões acontecem por meio da deepweb, acessando as imagens exibidas pelos equipamentos como câmeras IP em tempo real. De acordo com eles, o objetivo dos cibercriminosos seria usar as imagens obtidas de maneira ilegal para realizar algum tipo de extorsão com as famílias que se tornaram alvo deles.
Os criminosos estão acompanhando a rotina de algumas famílias durante a quarentena pela internet.Fonte: Freepik
Ainda conforme a PF, a investigação está em curso, contando com a colaboração de órgãos internacionais de segurança, e com isso o número de famílias e cidades atingidas pode ser maior que o relatado até o momento. Por esse motivo, ela não pode dar maiores detalhes a respeito de autores e modus operandi, agora.
Dicas para se proteger
Quem usa câmeras de segurança residenciais e babás eletrônicas deve tomar alguns cuidados para se proteger das invasões. Uma das dicas passadas pela Polícia Federal é verificar, junto ao fabricante do seu equipamento, se há atualizações para corrigir problemas de segurança.
Para aqueles que acessam as câmeras à distância, a recomendação é rever as configurações deste recurso, além de trocar as senhas e verificar as credenciais de acesso, para saber quais usuários estão autorizados.
Caso o usuário não tenha conhecimentos para modificar essas configurações, a sugestão é desligar as câmeras e solicitar a ajuda de um técnico especializado para realizar os ajustes de forma segura.
Fontes:UOL/Polícia Federal
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