Um novo projeto de realidade virtual permite que você “visite” o buraco negro supermassivo que se encontra no centro de nossa galáxia. Chamada de Galactic Center VR, a experiência foi desenvolvida com dados do observatório de raios X Chandra, um telescópio coordenado pela NASA, e de outros equipamentos.
Com a novidade, é possível testemunhar 500 anos de evolução do Sagittarius A*, protagonista da exibição. Ela foi baseada em modelos de 25 corpos celestes extremamente brilhantes, chamados de estrelas de Wolf-Rayet, que lançam, constantemente, materiais ao espaço. Ao passarem pelo Sagittarius A*, eles produzem ventos supersônicos capturados pela gravidade do buraco negro.
“Quando colidem, esses materiais dispersados são aquecidos a milhões de graus Celsius, semelhante ao que acontece com estrondos sônicos, e geram uma quantidade absurda de raios X”, declara a NASA. A agência ainda complementa que, devido à distância entre o local em que ocorrem esses eventos e a Terra, não há como detectar colisões individuais, mas o resultado delas, que inclui gás quente, pode ser “visto” pelo telescópio.
Claro que adaptações tiveram de ser realizadas na simulação, uma vez o Sagittarius A*, se aplicado em escala, ocuparia apenas um pixel de espaço. Por isso, ele foi ampliado em cerca de 10 mil vezes.
Como funciona
É importante salientar que se trata de uma simulação baseada em modelos científicos desenvolvidos durante anos de pesquisa. Portanto, o que se vê não são imagens capturadas ao vivo e a cores. Ainda assim, é possível apreciar cerca de três anos-luz de extensão do corpo massivo e se mover em diferentes direções.
Dados do Observatório de raios X Chandra possibilitaram criação do modelo.
Enquanto as estrelas Wolf-Rayet são exibidas em branco e suas órbitas em cinza, raios X são mostrados em azul ciano – e material eólico em vermelho e amarelo. Quando raios X e material eólico se sobrepõem, você encontra a cor roxa. Aí, é só brincar com a velocidade de reprodução e as informações que estão a seu alcance.
Fonte:Space
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