Nesta terça-feira (9), a Justiça da Coreia do Sul negou um novo pedido de prisão para o herdeiro do Grupo Samsung Jay Y. Lee. Os promotores queriam que ele aguardasse, na cadeia, a finalização do processo no qual é investigado por fraude contábil e manipulação de ações.
Há alguns dias, os promotores do caso haviam solicitado ao tribunal a emissão de um mandado de prisão para o executivo, como parte da investigação sobre uma suposta fraude contábil envolvendo uma afiliada da Samsung e a fusão de outras duas empresas, em 2015. Para eles, as atitudes ilegais de Lee o ajudaram a assumir o controle da companhia.
Mas para o Tribunal Distrital Central de Seul, a acusação não conseguiu justificar a validade da detenção do executivo, apesar de ter apresentado uma quantidade considerável de evidências por meio das investigações.
O executivo já passou cerca de um ano na prisão, entre 2017 e 2018.
A decisão foi lamentada pelos promotores, mas eles afirmaram que vão continuar a investigar e que podem entrar com novo pedido de prisão em breve ou levá-lo a julgamento mesmo em liberdade. Do outro lado, os advogados de Lee esperar que o caso seja submetido a uma revisão por painel externo, para avaliar se a acusação é justificada ou não.
Prisão por suborno
Em 2017, o herdeiro da Samsung foi condenado a cinco anos de prisão por envolvimento em um escândalo de suborno que levou à destituição da então presidente sul-coreana Park Geun-hye, no caso conhecido como “rasputina”.
Na época, Lee e outros executivos da maior fabricante de celulares do mundo foram acusados de subornar uma influente amiga da ex-presidente, com milhões de dólares, para obter favores e conseguir a aprovação da polêmica fusão entre as afiliadas.
O executivo ficou na cadeia por aproximadamente um ano, conseguindo a libertação em fevereiro de 2018. Porém, ainda há uma decisão judicial pendente sobre a sua volta à prisão, relativa a este caso.
Fonte:Nikkei Asia
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